O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um texto clínico da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos paradigmata, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal. No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que realizaram dissecações humanas de modo sistemático.
A utilização do cadáver é uma tríplice lição educativa:
a.intrutiva ou informativa, como meio de conhecimento da organização do corpo humano, precedendo ao estudo no vivo;
b.normativa, disciplinadora do estudo, pelo seu caráter metodológico e de precisão de linguagem;
c.estético – moral, pela natureza do material de estudo, o cadáver, e pelo método primeiro de aprendizado, a dissecação, que é experiência e fuga repousante na contemplação da beleza de harmonia de construção do organismo humano.
. A dissecção em SVO e IML é padronizada e a necessidade de agilidade faz com que o conhecimento supere uma tecnica mais apurada. Mas sempre é necessaria uma intervenção mais tecnica e detalhada. Nesses casos é necessário que o auxiliar/tecnico tenha um bom preparo para prestar ao medico o melhor apoio. Das dissecções comuns mais detalhadas, a dissecção do pescoço é a mais trabalhosa.
O objetivo deste artigo é comentar a tecnica de dissecção de pescoço.
Retirada da lingua e laringe, podendo conter o cardiorespiratorio completo ou não.
A dissecção é dificil e trabalhosa. O objetivo é retirar lingua e laringe sem cortar a pele do pescoço na região do mento.
O ideal é fazer o Y para evitar o corte reto ao mento. Com o Y tem a preservaçao da imagem do cadaver. A dissecção é feita por baixo da pele do pescoço.
A tecnica pode variar para poupar a visão da familia no caso de jovem
Esta tecnica é guase cirurgica, mas IML e SVO é praxi para fazer em rotina para preservar a imagem co cadáver. Em alguns casos no IML, como dos enforcados ela não é aplicada, sendo feito o corte ao mento.
Fazendo o colarinho do Y, é só dissecar por baixo da pele. Após toda pele solta, corta-se a musculatura de apoio da língua, artérias e veias do pescoço em suas bases, e em seguida disseca-se por baixo das estruturas da laringe e esôfago liberando o bloco.
As quatro tecnicas são usadas de forma variada
Existem as tecnicas de dissecção acadêmica, que visa expor musculos e orgãos de forma tecnica para faculdades. Isto exige conhecimento de anatomia precisa de um bom necropsista
Tudo sobre a profissão e área de necropsia e pós morte. Postagens baseadas ns experiencia profissional desde 1992 na área.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
Temas de IML: Suturas diversas
Em IML ou SVO temos varias formas de sutura, sendo que escolhi algumas das mais usadas e praticas. Num local com uma rotina grande temos que optar pela técnica mais rápida e menos danosa a imagem do cadáver.
A sutura australiana O pessoal de SVO gosta de caprichar mais em sutura devido a rotina mais calma. É linha reta paralelo. O ponto faz dentro-fora, mas meio centimetro da borda da incisão.
estética
Obs: Num sentido bem paralelo, pode-se fazer 4 pontos fora-dentro e fora-dentro e puche, assim dara um alinhamento a sutura. Fica razoavelmente estetico, mas é mais rapido.
Outro metodo rapido é o fora-dentro e fora-dentro 4x e pucha. Este fica bom e é mais seguro para o tecnico.
Outro metodo rapido, mas eu não gosto porque fica esteticamente...feio! É o dentro-fora e dentro-fora
Outras tecnicas ajudam quando o caso de podr~~ao e a pele é mole.
O objetivo é juntar e segurar a pele, pois não segura pontos normais, quando caso de podrão.
Sempre é bom avisar: Cuidado com agulha! antenha a mão de apoio distante da saída da agulha.
Tem varios tipose tamanhos de agulhas no mercado
As linhas devem ser de boaqualidade para n~~ao inchar
A sutura australiana O pessoal de SVO gosta de caprichar mais em sutura devido a rotina mais calma. É linha reta paralelo. O ponto faz dentro-fora, mas meio centimetro da borda da incisão.
estética
Obs: Num sentido bem paralelo, pode-se fazer 4 pontos fora-dentro e fora-dentro e puche, assim dara um alinhamento a sutura. Fica razoavelmente estetico, mas é mais rapido.
Outro metodo rapido é o fora-dentro e fora-dentro 4x e pucha. Este fica bom e é mais seguro para o tecnico.
Outro metodo rapido, mas eu não gosto porque fica esteticamente...feio! É o dentro-fora e dentro-fora
Outras tecnicas ajudam quando o caso de podr~~ao e a pele é mole.
O objetivo é juntar e segurar a pele, pois não segura pontos normais, quando caso de podrão.
Sempre é bom avisar: Cuidado com agulha! antenha a mão de apoio distante da saída da agulha.
Tem varios tipose tamanhos de agulhas no mercado
As linhas devem ser de boaqualidade para n~~ao inchar
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Temas de IML: Higiene e biossegurança
A manipulação de cadáveres nos institutos médicos legais brasileiros requer medidas urgentes de biossegurança, uma vez que a natureza da atividade oferece risco de contaminação aos profissionais de saúde e técnicos de necropsia.
O alerta foi feito pelo odonto-legista Marcus Vinícius Ribeiro de Carvalho, depois de avaliar 50 cadáveres, para detectar a presença do vírus HIV, na cidade fluminense de Volta Redonda. Em 2,4% das amostras, ele constatou a presença do agente etiológico, mesmo passadas 24 horas da morte do indivíduo.
Manipular cadávres nos institutos médicos legais (IML) do Brasil requer muito cuidados dos profissionais de saúde e técnicos de necropsia.
Uso de EPIs é fundamental, pois o resco fica tambem para Tuberculose, meningites e Hepatites. Dica de como trabalhar com higiene na sala de necropsia: -Manter a limpeza da mesa com água corrente para evitar sangue parado.
A higienização constante é fundamental e depois das necropsias a equipe de limpeza deve fazer a lavagem da sala e os instrumentos devem ser lavados e colocados de molho em soluções especificas.
Manipular cadávres nos institutos médicos legais (IML) do Brasil requer muito cuidados dos profissionais de saúde e técnicos de necropsia.
Uso de EPIs é fundamental, pois o resco fica tambem para Tuberculose, meningites e Hepatites. Dica de como trabalhar com higiene na sala de necropsia: -Manter a limpeza da mesa com água corrente para evitar sangue parado.
A higienização constante é fundamental e depois das necropsias a equipe de limpeza deve fazer a lavagem da sala e os instrumentos devem ser lavados e colocados de molho em soluções especificas.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Temas de IML: anatomia patologica do Infarto cardiaco
O que é infarto do miocárdio?
O infarto é definido como uma lesão isquêmica do músculo cardíaco (miocárdio), que deve-se à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sangüíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração.
As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem suprimento desangue. É assim que ocorre o infarto do miocárdio.
Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reação inflamatória local. anatomia patologica A visualização do infarto vai depender do tempo de morte e do tempo de reação da lesão em vida.
São variadas as lesões do infarto, as menos visiveis podem ser observadas com uma area palida no musculo, sendo diferenciada da hipostase. As lesões em geral são bem mais marcantes com um tempo de 6horas pra necropsia. Isto da tempo para a hipostase se diferenciar da lesão e a area lesada se mostrar mais evidente.
Alguns serviços de anatomia patologica da o laudo final após a analise histologica e analise do orgão fixado em formol. Assim sera mais preciso, se o medico que cuidou do paciente quiser mais detalhes sobre o caso. O atestado é dado no dia da necropsia, mas um laudo conclusivo e detalhado leva alguns dias. O patologista corta um pequeno fragmento de lesão visivel e manda para tratamento histopatologico e o orgão inteiro fica em descanço no formol diluido para posteriormente ser fotografado e as lesões descritas com detalhe.
O infarto também pode ocorrer em vasos coronarianos normais quando as artérias coronárias apresentam umespasmo, ou seja, uma forte contração que determina um déficit parcial ou total no suprimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado por este vaso contraído. Quais são as causas? O infarto está mais freqüentemente associado a uma causa mecânica, ou seja, à interrupção do fluxo sangüíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável por sua irrigação. O tamanho da área necrosada depende de vários fatores, tais como o calibre da artéria lesada, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento da circulação colateral. Esta, quando bastante extensa, é capaz de impedir a instalação de infarto, mesmo em casos de obstrução total da coronária. Pode também ocorrer por aumento do trabalho cardíaco relacionado ao aumento da pressão arterial. Quais são os fatores de risco associados ao infarto do miocárdio? • Colesterol alto • Sedentarismo • Tabagismo • Hipertensão arterial • Menopausa • Estresse • Excesso de peso • Diabetes mellitus • História familiar ou predisposisão genética • Idade • Alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.
O infarto é definido como uma lesão isquêmica do músculo cardíaco (miocárdio), que deve-se à falta de oxigênio e nutrientes. Os vasos sangüíneos que irrigam o miocárdio (artérias coronárias) podem apresentar depósito de gordura e cálcio, levando a uma obstrução e comprometendo a irrigação do coração.
As placas de gordura localizadas no interior das artérias podem sofrer uma fissura causada por motivos desconhecidos, formando um coágulo que obstrui a artéria e deixa parte do coração sem suprimento desangue. É assim que ocorre o infarto do miocárdio.
Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual desencadeia uma reação inflamatória local. anatomia patologica A visualização do infarto vai depender do tempo de morte e do tempo de reação da lesão em vida.
São variadas as lesões do infarto, as menos visiveis podem ser observadas com uma area palida no musculo, sendo diferenciada da hipostase. As lesões em geral são bem mais marcantes com um tempo de 6horas pra necropsia. Isto da tempo para a hipostase se diferenciar da lesão e a area lesada se mostrar mais evidente.
Alguns serviços de anatomia patologica da o laudo final após a analise histologica e analise do orgão fixado em formol. Assim sera mais preciso, se o medico que cuidou do paciente quiser mais detalhes sobre o caso. O atestado é dado no dia da necropsia, mas um laudo conclusivo e detalhado leva alguns dias. O patologista corta um pequeno fragmento de lesão visivel e manda para tratamento histopatologico e o orgão inteiro fica em descanço no formol diluido para posteriormente ser fotografado e as lesões descritas com detalhe.
O infarto também pode ocorrer em vasos coronarianos normais quando as artérias coronárias apresentam umespasmo, ou seja, uma forte contração que determina um déficit parcial ou total no suprimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado por este vaso contraído. Quais são as causas? O infarto está mais freqüentemente associado a uma causa mecânica, ou seja, à interrupção do fluxo sangüíneo para uma determinada área, devido a obstrução completa ou parcial da artéria coronária responsável por sua irrigação. O tamanho da área necrosada depende de vários fatores, tais como o calibre da artéria lesada, tempo de evolução da obstrução e desenvolvimento da circulação colateral. Esta, quando bastante extensa, é capaz de impedir a instalação de infarto, mesmo em casos de obstrução total da coronária. Pode também ocorrer por aumento do trabalho cardíaco relacionado ao aumento da pressão arterial. Quais são os fatores de risco associados ao infarto do miocárdio? • Colesterol alto • Sedentarismo • Tabagismo • Hipertensão arterial • Menopausa • Estresse • Excesso de peso • Diabetes mellitus • História familiar ou predisposisão genética • Idade • Alterações hemodinâmicas: hipertensão arterial, hipotensão, choque, mal-estar, etc.
terça-feira, 1 de maio de 2012
Temas de IML: CIPA
CIPA e prevenção de acidentes
A CIPA tem suporte legal no artigo 163 da Consolidação das Leis do Trabalho e na Norma Regulamentadora nº 5 (NR 5), aprovada pela Portaria nº 08/99 [2], da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A NR 5 trata do dimensionamento, processo eleitoral, treinamento e atribuições da CIPA.
O Modelo SESI em Saúde e Segurança no Trabalho utiliza metodologia adequada para introduzir e facilitar a adoção de boas práticas de gestão para prevenção de acidentes e doenças no âmbito das micro e pequenas empresas. Utilizando uma forma de abordagem fácil, possibilita um atendimento mais direto às micro e pequenas empresas, com sistematização das ações desenvolvidas no ambiente de trabalho, aplicação do conceito de melhoria contínua, focalização como um dos objetivos da empresa e, principalmente, a superação dos requisitos mínimos de segurança e saúde no trabalho estabelecidos pela legislação brasileira.
Por que devemos prevenir os acidentes e doenças decorrentes do trabalho? Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos para a empresa, para o trabalhador acidentado e para a sociedade.
As estatísticas da Previdência Social, que registram os acidentes e doenças decorrentes do trabalho, revelam uma enorme quantidade de pessoas prematuramente mortas ou incapacitadas para o trabalho. Os trabalhadores que sobrevivem a esses infortúnios são também atingidos por danos que se materializam em:
sofrimento físico e mental; cirurgias e remédios; próteses e assistência médica; fisioterapia e assistência psicológica; dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção; diminuição do poder aquisitivo; desamparo à família; estigmatização do acidentado; desemprego; marginalização; depressão e traumas.
Os custos não segurados impactam a empresa principalmente nos seguintes itens:
salário dos quinze primeiros dias após o acidente; transporte e assistência médica de urgência; paralisação de setor, máquinas e equipamentos; comoção coletiva ou do grupo de trabalho; interrupção da produção; prejuízos ao conceito e à imagem da empresa; destruição de máquina, veículo ou equipamento; danificação de produtos, matéria-prima e outros insumos; embargo ou interdição fiscal; investigação de causas e correção da situação; pagamento de horas-extras; atrasos no cronograma de produção e entrega; cobertura de licenças médicas; treinamento de substituto; aumento do prêmio de seguro; multas e encargos contratuais; perícia trabalhista, civil ou criminal; indenizações e honorários legais; e elevação de preços dos produtos e serviços.
Análise preliminar das condições de trabalho Etapas: A análise preliminar das condições de trabalho permite a elaboração de estratégias que vão subsidiar as etapas de implantação do programa de gestão de saúde e segurança no trabalho, e é estabelecida com quatro indagações bem simples:
De forma preliminar, das quatro indagações, conclui-se que Otrabalhador está exposto à fonte de perigo? O trabalhador está em contato com a fonte de perigo? Qual o tempo e a freqüência do contato entre o trabalhador e a fonte de perigo? Qual a distância entre o trabalhador e a fonte de perigo?
quanto maior o tempo de exposição ou de contato com a fonte de perigo, maior será o risco; quanto maior for a freqüência da exposição ao perigo, maior será o risco; e quanto mais próximo da fonte de perigo, maior será o risco. É importante ressaltar que a fonte de perigo pode ser um equipamento, uma máquina, um instrumento ou qualquer condição de trabalho perigosa.
Objetivos do modelo SESI: previne e reduz os acidentes e doenças; protege a integridade física e mental dos trabalhadores; educa para adoção de práticas preventivas; evita os custos com medicação e próteses; diminui o absenteísmo; melhora, continuamente, os ambientes de trabalho; evita prejuízos à imagem da empresa;
Vantagens para a empresa que adota o Modelo SESI em Saúde e Segurança no Trabalho
O Mapa de Riscos é uma das modalidades mais simples de avaliação qualitativa dos riscos existentes nos locais de trabalho. É a representação gráfica dos riscos por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos, permitindo fácil elaboração e visualização. É um instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e de conformidade com as suas sensibilidades. O Mapa de Riscos está baseado no conceito filosófico de que quem faz o trabalho é quem conhece o trabalho. Ninguém conhece melhor a máquina do que o seu operador. As informações e queixas partem dos trabalhadores, que deverão opinar, discutir e elaborar o Mapa de Riscos e divulgá-lo ao conjunto dos trabalhadores da empresa através da fixação e exposição em local visível. Serve como um instrumento de levantamento preliminar de riscos, de informação para os demais empregados e visitantes, e de planejamento para as ações preventivas que serão adotadas pela empresa.
O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores. Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Não obstante, a CIPA é um órgão supracorporativo e independente, não subordinado a nenhuma área da empresa nem a nenhum funcionário desta.
Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
O termo “Segurança Profissional Durante Procedimento de Necropsia” traduz para os peritos e auxiliares que a prática deste ato técnico deve estar revestida de toda garantia de segurança. Uma vez que durante a necropsia os profissionais se expõem às áreas com solução de continuidade na pele ou nas mucosas do cadáver, a fluídos, secreções orgânicas e dejetos humanos.
Qualquer pessoa em vida pode ser portadora de microorganismos altamente patogênicos, o que, mesmo após a morte, põe em risco a saúde de quem entra em contato com eles, principalmente, os profissionais de necropsia. Agentes infecciosos como vírus, bactérias, fungos, parasitas e prions podem infectar esses profissionais, em especial quando as barreiras usuais do corpo são ultrapassadas ou não estão íntegras. Em geral, os organismos penetram no corpo através de feridas feitas acidentalmente por agulhas ou pontas afiadas, gotículas em membranas mucosas, inalação ou passa¬gem de microrganismos por feridas preexistentes.
Portanto, peritos médicos-legistas e auxiliares técnicos que realizam necropsias, estão expostos a risco de contaminação caso medidas adequadas de proteção não sejam rigorosamente observadas.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE SEGURANÇA EM NECRÓPSIA Uma série de cuidados deve ser empreendida para se evitar a exposição a riscos físicos, químicos e biológicos durante a realização de trabalho na área da Tanatologia Forense do IML.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A fim de minimizar o risco de se infectar, barreiras adequadas devem ser acionadas.
É bastante difícil determinar quais casos de necropsias envolvem agentes infecciosos e quais não. Por¬tanto, é prudente considerar que todas as necropsias são potenciais fontes de agentes infecciosos. O plano central de todo programa de biossegurança em necropsia é a utilização de precauções-padrão de controle de infec¬ções.
Assim, toda necropsia e seus objetos devem ser tratados como se portassem algum agente infeccioso. Toda a área do procedimento e seus conteú¬dos são designados como áreas de ameaça biológica e, portanto, devem ter placas informativas. A sala de necropsia ideal deve ser bem ventilada, com sistema exaustor negativo. É muito útil ter um segundo auxiliar de necropsia que se mantenha limpo, a fim de registrar pesos, medidas e outras observações quanto aos órgãos, e também para circular quando for neces¬sário qualquer auxílio. Todos os procedimentos devem visar diminuir o risco de derramamentos, respingos ou aerossóis. Equipamentos contaminados, instrumentos, bacias e demais objetos devem ser confinados a áreas designadas até sua desinfecção (mesa de necropsia, mesa de instrumen¬tos, mesa de dissecção, pia e etc.).
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI são dispositivos usados individualmente para proteger a integridade física do trabalhador e incluem: luvas, protetores oculares ou faciais, protetores respiratórios, aventais e proteção para os membros inferiores. São equipamentos de uso obrigatório nos ambiente da sala de necropsia e nas salas de radiologia pericial.
A utilização de equipamentos como barreira contra as infecções externas passa por constantes modificações, sobretudo, na busca de novos materiais que sejam impermeáveis a microorganismos sob pressão, flexíveis, distensíveis e confortáveis, além de permitir a boa prática nos procedimentos.
As principais funções dos EPI são: I - redução da exposição humana aos agentes infecciosos; II- redução de riscos e danos ao corpo provocados por agentes físicos ou mecânicos; III - redução da exposição a produtos químicos tóxicos; IV- redução da contaminação de ambientes.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E SEGURANÇA . Lavagem das mãos
A ação de lavar as mãos utilizando água, sabão ou detergente é considerado o mais importante modo de atuar na prevenção e controle de infecções.
O objetivo da lavagem das mãos é impedir que microorganismos mantenham-se nas mãos do profissional de necropsia, e que este carreie os mesmos para outras áreas ou demais pessoas. Portanto, a lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.
Limpeza mecânica do ambiente e superfícies
Para que a desinfecção se processe de forma eficaz é necessário que, inicialmente, seja realizada a limpeza (a remoção física dos detritos ou fluídos orgânicos coagulados - carga orgânica), das superfícies da sala de necropsia e sala de radiologia forense. Esta remoção reduz, em muito, a quantidade de microorganismos, pois eles ficam aderidos à matéria orgânica removida do cadáver através de fragmento de tecidos, sangue e outros fluídos ou pela mão dos profissionais.
As bancadas, macas, mesa de radiologia, mesa de necropsia e demais móveis devem ser limpos com água e sabão (detergente) através de fricção em movimento único, de cima para baixo, utilizando pano diferenciado (parede, porta, armário, pia, mesas e maca). Deve-se evitar espirrar água sobre as superfícies. A limpeza deve ser iniciada pelo local de menor probabilidade de contaminação para o de maior probabilidade de contaminação, e deve ocorrer após cada procedimento necroscópico e/ou radiológico.
A limpeza do piso é feita com água e sabão (detergente), com uso de vassoura (esfregão), pano diferenciado, através da técnica do duplo balde (2 baldes para enxágüe do pano e a água deve ser renovada constantemente). A limpeza deve ocorrer após cada procedimento necroscópico e/ou radiológico.
O funcionário da limpeza deverá estar paramentado com máscara, capote, luvas de procedimentos e luvas de borracha de cano longo por cima, óculos de acrílico, gorro e botas de borracha.
Limpeza mecânica do instrumental cirúrgico.
Na limpeza de rotina, do instrumental cirúrgico, todos os instrumentos devem ser lavados usando-se água, sabão (detergente) e escova de náilon. Utilizar uma cuba plástica para colocar a solução de limpeza (água e sabão).
A escovação do material deve ser criteriosa, pois é esse processo mecânico que ira promover a remoção física dos detritos ou fluídos orgânicos coagulados (carga orgânica). Essa remoção mecânica reduz em muito a quantidade de microorganismos, preparando, adequadamente, o instrumental para a etapa seguinte de desinfecção.
Durante a escovação do material deve-se evitar a aspersão de aerossóis. Utilizar falso tecido descartável ou tecido (deve ser lavado após o uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos.
A limpeza e secagem do artigo são obrigatórias antes da desinfecção.
Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba, escovas, etc.), pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de sódio 0,5 – 1%.
. Desinfecção do equipamento e material Para a desinfecção deve-se usar solução apropriada, ou seja, germicida para agentes suspeitos ou conhecidos. Na desinfecção de rotina todos os instrumentos e aparelhos, após a limpeza mecânica e enxágüe, devem ser desinfetados por imersão em glutaraldeído aquoso a 2% por 30 minutos. Após esse período os instrumentos devem ser enxaguados em água corrente, secos e guardados (para os procedimentos necroscópicos não há preocupação em se esterilizar o instrumental utilizado). O importante é a limpeza mecânica e a desinfecção química após cada procedimento, como prevenção de contágio para os profissionais. Deve-se enxaguar a superfície de trabalho com água e, em seguida, com solução de álcool a 70%. Deve-se evitar espirrar água.
Cuidados com o cadáver. Após a necropsia, deve-se lavar o corpo com solução de detergente seguida da aplicação de hipoclorito a 1%. O corpo deve ser enxaguado. Em casos de constatação de doenças infecciosas no corpo examinado, a vigilância sanitária deve ser notificada. Contudo, não se podem tratar corpos "não infecciosos" com menos cuidado. É importante inspecionar os corpos que estão guar¬dados em refrigeradores diariamente, para ver se há algum respingo de fluido de qualquer natureza. Obviamente, os acúmulos de fluido que se formem devem ser corretamente retirados ou aspi¬rados, seguido de desinfecção do local com solução de hipoclorito a 1% por 30 minutos. Se necessário, recomenda-se colocar um aviso externamente no saco plástico em casos nos quais há possibilidade de saída de líquidos.
. PREVENÇÃO DE ACIDENTES De acordo com a Lei 8.080/90, especialmente, em relação à saúde do trabalhador, temos no § 3, do Art. 6º, o seguinte conceito:
§ 3º - Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, (...).
A Vigilância em Saúde do Trabalhador tem como objetivo detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus aspectos epidemiológico, tecnológico, organizacional e social, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos de forma a eliminá-los ou controlá-los por meio de uma atuação planejada contínua e sistemática.
Os servidores do Núcleo de Tanatologia do IMOL e dos Núcleos Regionais de Medicina Legal deverão estar vacinados contra hepatite B e manter imu¬nidade contra tétano e difteria. Outra imunização como rubéola para os funcionários do sexo feminino também deve estar regular.
O reconhecimento de acidentes com produtos químicos no ambiente ou patógenos que podem ser transmitidos por cadáveres deve criar uma mentalidade preventiva contra lesões que presumivelmente podem ser evitadas. Atualmente os microorganismos mais temidos são: Vírus HIV e HTLV, da hepatite C e D. Pessoas com feridas abertas ou dermatites, ao auxiliar uma necropsia, a pele deve ser completamente coberta com vestimenta impermeável ou outra barreira aceitável.
.1. PRECAUÇÕES PADRÕES OU BÁSICAS
Os princípios da proteção universal que o profissional da Tanatologia do IMOL deve ter em mente são: a- uso obrigatório do Equipamento de Proteção Individual – EPI seja na manutenção do ambiente e equipamento, ou no manuseio do cadáver; b- conhecer e cumprir rigorosamente as normas estabelecidas oficialmente pela Instituição; c- ter sempre claro que qualquer cadáver pode ser portador de infecção e, por isso, o cuidado rigoroso é para com todos, e não somente com aqueles sabidamente portadores de doenças, passiveis de transmitir patógenos através do sangue ou líquidos orgânicos; d- estar ciente que a falha nas precauções estabelecidas pode tornar o profissional da Tanatologia vetor de doenças para fora do setor ou mesmo do IMOL.
.2. INSTRUMENTOS PERFURANTES, CORTANTES OU PERFURO-CORTANTES
Deve-se ter má¬ximo cuidado ao manusear instrumentos perfurantes, cortantes ou perfuro-cortantes, a fim de minimizar o risco de acidente com os mesmos. Quando possível, o uso de agulhas deve ser evitado. Atenção meticulosa pode prevenir, quase que totalmente, ferimentos por agulha durante a realização de necropsias. Para se aspirar fluído, quando possível, usar sempre seringas sem agulha, uma vez que, vários acidentes com agulhas acontecem quando se descartam as mesmas, elas não devem ser re-encapadas. Deve-se, de imediato, descartar as agulhas e outros instru¬mentos de corte já utilizados. O descarte será sempre feito, diretamente, no recipiente apropriado. Não se deve deixá-los dispersos na área de trabalho.
Cortes acidentais dos dedos, principalmente na parte distal do polegar, no in¬dicador e no dedo médio, são as lesões mais comuns que os profissionais de necropsia causam em si mesmos. Esse tipo de ferimento costuma ocorrer durante a dis¬secção do cadáver ou o corte dos tecidos durante o preparo para microscopia (anatomopatologia). A freqüência de feridas nas mãos durante a realização de necropsias pode diminuir em decorrência de prá¬ticas muito simples. Um par de tesou¬ras pode, tranqüilamente, substituir o bisturi durante a maioria dos procedimentos, como a evisceração. O uso de tesoura de ponta romba, em vez de ponta fina, é adequado em quase todas as dissecções rea¬lizadas, pelo perito médico-legista e auxiliar, na necropsia. Quando se disseca com faca ou tesoura em uma mão, deve-se aplicar tensão contra-lateral nos teci¬dos com a outra mão, usando uma compressa sobre o tecido; não se devem segurar os órgãos com os dedos livres ou a outra mão. Para casos de alto risco de contami¬nação, luvas de liga de aço ou outro material resis¬tente a cortes podem ser utilizados. Luvas de plástico resistente a cortes também fornecem proteção e, ao mesmo tempo, permitem destreza com as mãos, sendo altamente recomendáveis.
Tesouras ou costótomos são utilizados para cortar a cartilagem costal próximo à junção costocondral quando o esterno é retirado. Recomenda-se muita atenção à superfície de corte, com possível fragmento ósseo, para se proteger de acidente com solução de continuidade da pele. Ao se fazer fatias grossas de órgãos, uma esponja (de aproxi¬madamente 7,5cm) deve ser utilizada para estabi¬lizar o órgão com uma mão, enquanto se segura a faca com a outra. Quando se sutura as incisões da parede toracoabdominal ao final da necropsia, devem-se segurar os retalhos de pele e músculo com um fórceps denteado ou outro instrumento, e não com as mãos. Regras que reduzem lesões por bisturis ou outros instrumentos afiados:
Tente minimizar o uso de bisturis para a dissecção dos tecidos (dar preferência a tesouras). Nunca use um bisturi para cortes as cegas (ter sempre visão direta do instrumento). Prepare um número suficiente de facas ou bisturis antes da necropsia a fim de evitar a troca da lâmina. Remova as lâminas somente com um removedor de lâminas seguro (use sempre uma pinça). Permita que apenas uma pessoa use o bisturi por vez, em um local isolado. Lembre onde deixou os bisturis e outros instrumentos afia¬dos; não os ponha desordenadamente na mesa de necropsia, mas sim na mesa de instrumentos (mesa auxiliar). Nunca manuseie as lâminas diretamente com as mãos. Sempre anuncie os movimentos que pretende fazer com instrumentos afiados.
ASPERSÃO DE LÍQUIDOS E AEROSSÓIS (SPRAY)
As pessoas que reali¬zam e assistem à necropsia correm maiores risco de contrair tuberculose via aerossóis que se soltam durante o procedimento. Outras infecções, como raiva, praga, legionelose, meningite, riquetsiose, paracoccidiomicose e antrax, podem ser adquiridas a partir de aerossóis produzidos em necropsias. Portanto, fica claro que é preciso tomar máximo cuidado para evitar a contaminação por aerossóis e/ou espersão de fluídos. Para a proteção contra doenças transmissíveis por aspersão de fluídos como, por exemplo, a tuberculose, usa-se protetores faciais sobre a máscara.
A aspersão de partículas de material advindo dos tecidos moles e da poeira do osso durante a remoção de corpos vertebrais ou do crânio pode ser reduzida com a colocação de uma capa de plástico. A superfície óssea deve ser umedecida antes da serragem, a fim de dimi¬nuir a dispersão da poeira do osso. Para limitar o aerossol, devem-se usar recipientes com tampas bem fechadas, ao invés de recipientes com tampões de borracha ou rolhas, por exemplo. Ao abrir esse tipo de reci¬piente, deve-se cobrir o topo com um saco plástico para contenção de poeira ou derramamentos. Deve-se também evitar preencher demais um tubo de vácuo contendo amostra de sangue, através de pressão na seringa. A superfície do órgão deve ser irrigada e, posteriormente, realiza-se a incisão, podendo uma amostra ser coletada.
PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTE NO TRABALHO
Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Considera-se também como acidente de trabalho: I- Aquele que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho. II- Aquele que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa. III- Aquele que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa. IV- Doenças profissionais, doenças provocadas pelo tipo de trabalho. Ex.: problemas de coluna. V- Doença do trabalho, doenças causadas pelas condições do trabalho. Ex.: dermatoses causadas por químicos.
Na ocorrência de um acidente com trauma e/ou lesão aguda do servidor, também, quando constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames, ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico que possa estar relacionado com o trabalho, mesmo sem sintomatologia, deve-se emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho.
Em casos de contato com substâncias químicas, deve-se proceder às seguintes medidas iniciais: Inalação: Vapores de derramamento são muito irritantes para membranas mucosas, remover a pessoa para local com ar fresco de imediato. Em caso de dificuldade respiratória encaminhar a vítima para atendimento médico de urgência. Contato com a pele: Irritação avermelhando a pele. Lesão na pele: remover as roupas contaminadas. Lavar as partes afetadas com grande quantidade de água corrente. Contato com os olhos: Irritação severa: lavar copiosamente com água, no mínimo por 15 minutos. A vítima deverá passar por uma consulta com oftalmologista. Ingestão: Causam irritação para membranas da boca, garganta dores no estômago e possível ulceração. Não tente provocar vômito. A vítima deve ser encaminhada para atendimento médico. Em casos de perfuração, ruptura das luvas, propiciando o contato da pele do profissional, com sangue e/ou fluídos do cadáver, ou nos casos de cortes e feridas por picadas, a mesma deve ser lavada imediatamente com água e sabão, completando-se com álcool a 70% líquido ou gel. Neste tipo de acidente a direção do IMOL deve ser informada e providenciar, além da comunicação do acidente, o encaminhamento da vítima para o Hospital Dia da Rede Municipal (Coronel Antonino) para os procedimentos pertinentes. Deve-se coletar material e/ou sangue da fonte suspeita (cadáver) para triagem laboratorial.
O Modelo SESI em Saúde e Segurança no Trabalho utiliza metodologia adequada para introduzir e facilitar a adoção de boas práticas de gestão para prevenção de acidentes e doenças no âmbito das micro e pequenas empresas. Utilizando uma forma de abordagem fácil, possibilita um atendimento mais direto às micro e pequenas empresas, com sistematização das ações desenvolvidas no ambiente de trabalho, aplicação do conceito de melhoria contínua, focalização como um dos objetivos da empresa e, principalmente, a superação dos requisitos mínimos de segurança e saúde no trabalho estabelecidos pela legislação brasileira.
Por que devemos prevenir os acidentes e doenças decorrentes do trabalho? Sob todos os aspectos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos para a empresa, para o trabalhador acidentado e para a sociedade.
As estatísticas da Previdência Social, que registram os acidentes e doenças decorrentes do trabalho, revelam uma enorme quantidade de pessoas prematuramente mortas ou incapacitadas para o trabalho. Os trabalhadores que sobrevivem a esses infortúnios são também atingidos por danos que se materializam em:
sofrimento físico e mental; cirurgias e remédios; próteses e assistência médica; fisioterapia e assistência psicológica; dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção; diminuição do poder aquisitivo; desamparo à família; estigmatização do acidentado; desemprego; marginalização; depressão e traumas.
Os custos não segurados impactam a empresa principalmente nos seguintes itens:
salário dos quinze primeiros dias após o acidente; transporte e assistência médica de urgência; paralisação de setor, máquinas e equipamentos; comoção coletiva ou do grupo de trabalho; interrupção da produção; prejuízos ao conceito e à imagem da empresa; destruição de máquina, veículo ou equipamento; danificação de produtos, matéria-prima e outros insumos; embargo ou interdição fiscal; investigação de causas e correção da situação; pagamento de horas-extras; atrasos no cronograma de produção e entrega; cobertura de licenças médicas; treinamento de substituto; aumento do prêmio de seguro; multas e encargos contratuais; perícia trabalhista, civil ou criminal; indenizações e honorários legais; e elevação de preços dos produtos e serviços.
Análise preliminar das condições de trabalho Etapas: A análise preliminar das condições de trabalho permite a elaboração de estratégias que vão subsidiar as etapas de implantação do programa de gestão de saúde e segurança no trabalho, e é estabelecida com quatro indagações bem simples:
De forma preliminar, das quatro indagações, conclui-se que Otrabalhador está exposto à fonte de perigo? O trabalhador está em contato com a fonte de perigo? Qual o tempo e a freqüência do contato entre o trabalhador e a fonte de perigo? Qual a distância entre o trabalhador e a fonte de perigo?
quanto maior o tempo de exposição ou de contato com a fonte de perigo, maior será o risco; quanto maior for a freqüência da exposição ao perigo, maior será o risco; e quanto mais próximo da fonte de perigo, maior será o risco. É importante ressaltar que a fonte de perigo pode ser um equipamento, uma máquina, um instrumento ou qualquer condição de trabalho perigosa.
Objetivos do modelo SESI: previne e reduz os acidentes e doenças; protege a integridade física e mental dos trabalhadores; educa para adoção de práticas preventivas; evita os custos com medicação e próteses; diminui o absenteísmo; melhora, continuamente, os ambientes de trabalho; evita prejuízos à imagem da empresa;
Vantagens para a empresa que adota o Modelo SESI em Saúde e Segurança no Trabalho
O Mapa de Riscos é uma das modalidades mais simples de avaliação qualitativa dos riscos existentes nos locais de trabalho. É a representação gráfica dos riscos por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos, permitindo fácil elaboração e visualização. É um instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e de conformidade com as suas sensibilidades. O Mapa de Riscos está baseado no conceito filosófico de que quem faz o trabalho é quem conhece o trabalho. Ninguém conhece melhor a máquina do que o seu operador. As informações e queixas partem dos trabalhadores, que deverão opinar, discutir e elaborar o Mapa de Riscos e divulgá-lo ao conjunto dos trabalhadores da empresa através da fixação e exposição em local visível. Serve como um instrumento de levantamento preliminar de riscos, de informação para os demais empregados e visitantes, e de planejamento para as ações preventivas que serão adotadas pela empresa.
O objetivo da CIPA é "observar e relatar as condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar os riscos existentes e/ou neutralizar os mesmos..." Sua missão é, portanto, a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores. Seu papel mais importante é o de estabelecer uma relação de diálogo e conscientização, de forma criativa e participativa, entre gerentes e empregados, em relação à forma como os trabalhos são realizados, objetivando sempre melhorar as condições de trabalho, visando a humanização do trabalho. Não obstante, a CIPA é um órgão supracorporativo e independente, não subordinado a nenhuma área da empresa nem a nenhum funcionário desta.
Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
O termo “Segurança Profissional Durante Procedimento de Necropsia” traduz para os peritos e auxiliares que a prática deste ato técnico deve estar revestida de toda garantia de segurança. Uma vez que durante a necropsia os profissionais se expõem às áreas com solução de continuidade na pele ou nas mucosas do cadáver, a fluídos, secreções orgânicas e dejetos humanos.
Qualquer pessoa em vida pode ser portadora de microorganismos altamente patogênicos, o que, mesmo após a morte, põe em risco a saúde de quem entra em contato com eles, principalmente, os profissionais de necropsia. Agentes infecciosos como vírus, bactérias, fungos, parasitas e prions podem infectar esses profissionais, em especial quando as barreiras usuais do corpo são ultrapassadas ou não estão íntegras. Em geral, os organismos penetram no corpo através de feridas feitas acidentalmente por agulhas ou pontas afiadas, gotículas em membranas mucosas, inalação ou passa¬gem de microrganismos por feridas preexistentes.
Portanto, peritos médicos-legistas e auxiliares técnicos que realizam necropsias, estão expostos a risco de contaminação caso medidas adequadas de proteção não sejam rigorosamente observadas.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE SEGURANÇA EM NECRÓPSIA Uma série de cuidados deve ser empreendida para se evitar a exposição a riscos físicos, químicos e biológicos durante a realização de trabalho na área da Tanatologia Forense do IML.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A fim de minimizar o risco de se infectar, barreiras adequadas devem ser acionadas.
É bastante difícil determinar quais casos de necropsias envolvem agentes infecciosos e quais não. Por¬tanto, é prudente considerar que todas as necropsias são potenciais fontes de agentes infecciosos. O plano central de todo programa de biossegurança em necropsia é a utilização de precauções-padrão de controle de infec¬ções.
Assim, toda necropsia e seus objetos devem ser tratados como se portassem algum agente infeccioso. Toda a área do procedimento e seus conteú¬dos são designados como áreas de ameaça biológica e, portanto, devem ter placas informativas. A sala de necropsia ideal deve ser bem ventilada, com sistema exaustor negativo. É muito útil ter um segundo auxiliar de necropsia que se mantenha limpo, a fim de registrar pesos, medidas e outras observações quanto aos órgãos, e também para circular quando for neces¬sário qualquer auxílio. Todos os procedimentos devem visar diminuir o risco de derramamentos, respingos ou aerossóis. Equipamentos contaminados, instrumentos, bacias e demais objetos devem ser confinados a áreas designadas até sua desinfecção (mesa de necropsia, mesa de instrumen¬tos, mesa de dissecção, pia e etc.).
Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI são dispositivos usados individualmente para proteger a integridade física do trabalhador e incluem: luvas, protetores oculares ou faciais, protetores respiratórios, aventais e proteção para os membros inferiores. São equipamentos de uso obrigatório nos ambiente da sala de necropsia e nas salas de radiologia pericial.
A utilização de equipamentos como barreira contra as infecções externas passa por constantes modificações, sobretudo, na busca de novos materiais que sejam impermeáveis a microorganismos sob pressão, flexíveis, distensíveis e confortáveis, além de permitir a boa prática nos procedimentos.
As principais funções dos EPI são: I - redução da exposição humana aos agentes infecciosos; II- redução de riscos e danos ao corpo provocados por agentes físicos ou mecânicos; III - redução da exposição a produtos químicos tóxicos; IV- redução da contaminação de ambientes.
MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E SEGURANÇA . Lavagem das mãos
A ação de lavar as mãos utilizando água, sabão ou detergente é considerado o mais importante modo de atuar na prevenção e controle de infecções.
O objetivo da lavagem das mãos é impedir que microorganismos mantenham-se nas mãos do profissional de necropsia, e que este carreie os mesmos para outras áreas ou demais pessoas. Portanto, a lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa.
Limpeza mecânica do ambiente e superfícies
Para que a desinfecção se processe de forma eficaz é necessário que, inicialmente, seja realizada a limpeza (a remoção física dos detritos ou fluídos orgânicos coagulados - carga orgânica), das superfícies da sala de necropsia e sala de radiologia forense. Esta remoção reduz, em muito, a quantidade de microorganismos, pois eles ficam aderidos à matéria orgânica removida do cadáver através de fragmento de tecidos, sangue e outros fluídos ou pela mão dos profissionais.
As bancadas, macas, mesa de radiologia, mesa de necropsia e demais móveis devem ser limpos com água e sabão (detergente) através de fricção em movimento único, de cima para baixo, utilizando pano diferenciado (parede, porta, armário, pia, mesas e maca). Deve-se evitar espirrar água sobre as superfícies. A limpeza deve ser iniciada pelo local de menor probabilidade de contaminação para o de maior probabilidade de contaminação, e deve ocorrer após cada procedimento necroscópico e/ou radiológico.
A limpeza do piso é feita com água e sabão (detergente), com uso de vassoura (esfregão), pano diferenciado, através da técnica do duplo balde (2 baldes para enxágüe do pano e a água deve ser renovada constantemente). A limpeza deve ocorrer após cada procedimento necroscópico e/ou radiológico.
O funcionário da limpeza deverá estar paramentado com máscara, capote, luvas de procedimentos e luvas de borracha de cano longo por cima, óculos de acrílico, gorro e botas de borracha.
Limpeza mecânica do instrumental cirúrgico.
Na limpeza de rotina, do instrumental cirúrgico, todos os instrumentos devem ser lavados usando-se água, sabão (detergente) e escova de náilon. Utilizar uma cuba plástica para colocar a solução de limpeza (água e sabão).
A escovação do material deve ser criteriosa, pois é esse processo mecânico que ira promover a remoção física dos detritos ou fluídos orgânicos coagulados (carga orgânica). Essa remoção mecânica reduz em muito a quantidade de microorganismos, preparando, adequadamente, o instrumental para a etapa seguinte de desinfecção.
Durante a escovação do material deve-se evitar a aspersão de aerossóis. Utilizar falso tecido descartável ou tecido (deve ser lavado após o uso, e ser exclusivo) para enxugar os artigos.
A limpeza e secagem do artigo são obrigatórias antes da desinfecção.
Após o procedimento os utensílios devem ser limpos (cuba, escovas, etc.), pode fazer a desinfecção com Hipoclorito de sódio 0,5 – 1%.
. Desinfecção do equipamento e material Para a desinfecção deve-se usar solução apropriada, ou seja, germicida para agentes suspeitos ou conhecidos. Na desinfecção de rotina todos os instrumentos e aparelhos, após a limpeza mecânica e enxágüe, devem ser desinfetados por imersão em glutaraldeído aquoso a 2% por 30 minutos. Após esse período os instrumentos devem ser enxaguados em água corrente, secos e guardados (para os procedimentos necroscópicos não há preocupação em se esterilizar o instrumental utilizado). O importante é a limpeza mecânica e a desinfecção química após cada procedimento, como prevenção de contágio para os profissionais. Deve-se enxaguar a superfície de trabalho com água e, em seguida, com solução de álcool a 70%. Deve-se evitar espirrar água.
Cuidados com o cadáver. Após a necropsia, deve-se lavar o corpo com solução de detergente seguida da aplicação de hipoclorito a 1%. O corpo deve ser enxaguado. Em casos de constatação de doenças infecciosas no corpo examinado, a vigilância sanitária deve ser notificada. Contudo, não se podem tratar corpos "não infecciosos" com menos cuidado. É importante inspecionar os corpos que estão guar¬dados em refrigeradores diariamente, para ver se há algum respingo de fluido de qualquer natureza. Obviamente, os acúmulos de fluido que se formem devem ser corretamente retirados ou aspi¬rados, seguido de desinfecção do local com solução de hipoclorito a 1% por 30 minutos. Se necessário, recomenda-se colocar um aviso externamente no saco plástico em casos nos quais há possibilidade de saída de líquidos.
. PREVENÇÃO DE ACIDENTES De acordo com a Lei 8.080/90, especialmente, em relação à saúde do trabalhador, temos no § 3, do Art. 6º, o seguinte conceito:
§ 3º - Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, (...).
A Vigilância em Saúde do Trabalhador tem como objetivo detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus aspectos epidemiológico, tecnológico, organizacional e social, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos de forma a eliminá-los ou controlá-los por meio de uma atuação planejada contínua e sistemática.
Os servidores do Núcleo de Tanatologia do IMOL e dos Núcleos Regionais de Medicina Legal deverão estar vacinados contra hepatite B e manter imu¬nidade contra tétano e difteria. Outra imunização como rubéola para os funcionários do sexo feminino também deve estar regular.
O reconhecimento de acidentes com produtos químicos no ambiente ou patógenos que podem ser transmitidos por cadáveres deve criar uma mentalidade preventiva contra lesões que presumivelmente podem ser evitadas. Atualmente os microorganismos mais temidos são: Vírus HIV e HTLV, da hepatite C e D. Pessoas com feridas abertas ou dermatites, ao auxiliar uma necropsia, a pele deve ser completamente coberta com vestimenta impermeável ou outra barreira aceitável.
.1. PRECAUÇÕES PADRÕES OU BÁSICAS
Os princípios da proteção universal que o profissional da Tanatologia do IMOL deve ter em mente são: a- uso obrigatório do Equipamento de Proteção Individual – EPI seja na manutenção do ambiente e equipamento, ou no manuseio do cadáver; b- conhecer e cumprir rigorosamente as normas estabelecidas oficialmente pela Instituição; c- ter sempre claro que qualquer cadáver pode ser portador de infecção e, por isso, o cuidado rigoroso é para com todos, e não somente com aqueles sabidamente portadores de doenças, passiveis de transmitir patógenos através do sangue ou líquidos orgânicos; d- estar ciente que a falha nas precauções estabelecidas pode tornar o profissional da Tanatologia vetor de doenças para fora do setor ou mesmo do IMOL.
.2. INSTRUMENTOS PERFURANTES, CORTANTES OU PERFURO-CORTANTES
Deve-se ter má¬ximo cuidado ao manusear instrumentos perfurantes, cortantes ou perfuro-cortantes, a fim de minimizar o risco de acidente com os mesmos. Quando possível, o uso de agulhas deve ser evitado. Atenção meticulosa pode prevenir, quase que totalmente, ferimentos por agulha durante a realização de necropsias. Para se aspirar fluído, quando possível, usar sempre seringas sem agulha, uma vez que, vários acidentes com agulhas acontecem quando se descartam as mesmas, elas não devem ser re-encapadas. Deve-se, de imediato, descartar as agulhas e outros instru¬mentos de corte já utilizados. O descarte será sempre feito, diretamente, no recipiente apropriado. Não se deve deixá-los dispersos na área de trabalho.
Cortes acidentais dos dedos, principalmente na parte distal do polegar, no in¬dicador e no dedo médio, são as lesões mais comuns que os profissionais de necropsia causam em si mesmos. Esse tipo de ferimento costuma ocorrer durante a dis¬secção do cadáver ou o corte dos tecidos durante o preparo para microscopia (anatomopatologia). A freqüência de feridas nas mãos durante a realização de necropsias pode diminuir em decorrência de prá¬ticas muito simples. Um par de tesou¬ras pode, tranqüilamente, substituir o bisturi durante a maioria dos procedimentos, como a evisceração. O uso de tesoura de ponta romba, em vez de ponta fina, é adequado em quase todas as dissecções rea¬lizadas, pelo perito médico-legista e auxiliar, na necropsia. Quando se disseca com faca ou tesoura em uma mão, deve-se aplicar tensão contra-lateral nos teci¬dos com a outra mão, usando uma compressa sobre o tecido; não se devem segurar os órgãos com os dedos livres ou a outra mão. Para casos de alto risco de contami¬nação, luvas de liga de aço ou outro material resis¬tente a cortes podem ser utilizados. Luvas de plástico resistente a cortes também fornecem proteção e, ao mesmo tempo, permitem destreza com as mãos, sendo altamente recomendáveis.
Tesouras ou costótomos são utilizados para cortar a cartilagem costal próximo à junção costocondral quando o esterno é retirado. Recomenda-se muita atenção à superfície de corte, com possível fragmento ósseo, para se proteger de acidente com solução de continuidade da pele. Ao se fazer fatias grossas de órgãos, uma esponja (de aproxi¬madamente 7,5cm) deve ser utilizada para estabi¬lizar o órgão com uma mão, enquanto se segura a faca com a outra. Quando se sutura as incisões da parede toracoabdominal ao final da necropsia, devem-se segurar os retalhos de pele e músculo com um fórceps denteado ou outro instrumento, e não com as mãos. Regras que reduzem lesões por bisturis ou outros instrumentos afiados:
Tente minimizar o uso de bisturis para a dissecção dos tecidos (dar preferência a tesouras). Nunca use um bisturi para cortes as cegas (ter sempre visão direta do instrumento). Prepare um número suficiente de facas ou bisturis antes da necropsia a fim de evitar a troca da lâmina. Remova as lâminas somente com um removedor de lâminas seguro (use sempre uma pinça). Permita que apenas uma pessoa use o bisturi por vez, em um local isolado. Lembre onde deixou os bisturis e outros instrumentos afia¬dos; não os ponha desordenadamente na mesa de necropsia, mas sim na mesa de instrumentos (mesa auxiliar). Nunca manuseie as lâminas diretamente com as mãos. Sempre anuncie os movimentos que pretende fazer com instrumentos afiados.
ASPERSÃO DE LÍQUIDOS E AEROSSÓIS (SPRAY)
As pessoas que reali¬zam e assistem à necropsia correm maiores risco de contrair tuberculose via aerossóis que se soltam durante o procedimento. Outras infecções, como raiva, praga, legionelose, meningite, riquetsiose, paracoccidiomicose e antrax, podem ser adquiridas a partir de aerossóis produzidos em necropsias. Portanto, fica claro que é preciso tomar máximo cuidado para evitar a contaminação por aerossóis e/ou espersão de fluídos. Para a proteção contra doenças transmissíveis por aspersão de fluídos como, por exemplo, a tuberculose, usa-se protetores faciais sobre a máscara.
A aspersão de partículas de material advindo dos tecidos moles e da poeira do osso durante a remoção de corpos vertebrais ou do crânio pode ser reduzida com a colocação de uma capa de plástico. A superfície óssea deve ser umedecida antes da serragem, a fim de dimi¬nuir a dispersão da poeira do osso. Para limitar o aerossol, devem-se usar recipientes com tampas bem fechadas, ao invés de recipientes com tampões de borracha ou rolhas, por exemplo. Ao abrir esse tipo de reci¬piente, deve-se cobrir o topo com um saco plástico para contenção de poeira ou derramamentos. Deve-se também evitar preencher demais um tubo de vácuo contendo amostra de sangue, através de pressão na seringa. A superfície do órgão deve ser irrigada e, posteriormente, realiza-se a incisão, podendo uma amostra ser coletada.
PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTE NO TRABALHO
Acidente de trabalho é aquele que acontece no exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional podendo causar morte, perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Considera-se também como acidente de trabalho: I- Aquele que acontece quando você está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho. II- Aquele que acontece quando você estiver em viagem a serviço da empresa. III- Aquele que ocorre no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa. IV- Doenças profissionais, doenças provocadas pelo tipo de trabalho. Ex.: problemas de coluna. V- Doença do trabalho, doenças causadas pelas condições do trabalho. Ex.: dermatoses causadas por químicos.
Na ocorrência de um acidente com trauma e/ou lesão aguda do servidor, também, quando constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais, através de exames, ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico que possa estar relacionado com o trabalho, mesmo sem sintomatologia, deve-se emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho.
Em casos de contato com substâncias químicas, deve-se proceder às seguintes medidas iniciais: Inalação: Vapores de derramamento são muito irritantes para membranas mucosas, remover a pessoa para local com ar fresco de imediato. Em caso de dificuldade respiratória encaminhar a vítima para atendimento médico de urgência. Contato com a pele: Irritação avermelhando a pele. Lesão na pele: remover as roupas contaminadas. Lavar as partes afetadas com grande quantidade de água corrente. Contato com os olhos: Irritação severa: lavar copiosamente com água, no mínimo por 15 minutos. A vítima deverá passar por uma consulta com oftalmologista. Ingestão: Causam irritação para membranas da boca, garganta dores no estômago e possível ulceração. Não tente provocar vômito. A vítima deve ser encaminhada para atendimento médico. Em casos de perfuração, ruptura das luvas, propiciando o contato da pele do profissional, com sangue e/ou fluídos do cadáver, ou nos casos de cortes e feridas por picadas, a mesma deve ser lavada imediatamente com água e sabão, completando-se com álcool a 70% líquido ou gel. Neste tipo de acidente a direção do IMOL deve ser informada e providenciar, além da comunicação do acidente, o encaminhamento da vítima para o Hospital Dia da Rede Municipal (Coronel Antonino) para os procedimentos pertinentes. Deve-se coletar material e/ou sangue da fonte suspeita (cadáver) para triagem laboratorial.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
temas de IML: Cuidados no manuseio do cadaver
O termo “Segurança Profissional Durante Procedimento de Necropsia” traduz para os peritos e auxiliares que a prática deste ato técnico deve estar revestida de toda garantia de segurança. Uma vez que durante a necropsia os profissionais se expõem às áreas com solução de continuidade na pele ou nas mucosas do cadáver, a fluídos, secreções orgânicas e dejetos humanos.
Qualquer pessoa em vida pode ser portadora de microorganismos altamente patogênicos, o que, mesmo após a morte, põe em risco a saúde de quem entra em contato com eles, principalmente, os profissionais de necropsia. Agentes infecciosos como vírus, bactérias, fungos, parasitas e prions podem infectar esses profissionais, em especial quando as barreiras usuais do corpo são ultrapassadas ou não estão íntegras. Em geral, os organismos penetram no corpo através de feridas feitas acidentalmente por agulhas ou pontas afiadas, gotículas em membranas mucosas, inalação ou passa¬gem de microrganismos por feridas preexistentes.
Portanto, peritos médicos-legistas e auxiliares técnicos que realizam necropsias, estão expostos a risco de contaminação caso medidas adequadas de proteção não sejam rigorosamente observadas. . SEGURANÇA PROFISSIONAL E AMBIENTAL - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE SEGURANÇA EM NECRÓPSIA Uma série de cuidados deve ser empreendida para se evitar a exposição a riscos físicos, químicos e biológicos durante a realização de trabalho na área da Tanatologia Forense do IML.
Cuidados: Contaminação - ato de sujar objetos inanimados ou matéria viva com material danoso, potencialmente infeccioso ou indesejável. Descontaminação - é o processo de desinfecção ou esterilização terminal de objetos e superfícies contaminados com microorganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros para manipulação. Desinfecção - é a eliminação de microorganismos, por meio físico ou químico, que destrói microorganismos presentes em objetos inanimados, mas não necessariamente os esporos bacterianos. Desinfetante de alto nível - produto químico capaz de eliminar vida microbiana, apresentando capacidade tuberculicida. EPI – Equipamento de Proteção Individual: máscaras, gorros, visor facial ou óculos, avental com mangas sanfonadas, jaleco, luvas de borracha, luvas de látex, botas, avental impermeabilizado.
Riscos: Infecção - é o resultado da penetração, aderência e multiplicação de um agente infeccioso específico no organismo humano ou animal onde possam causar efeitos adversos. A transmissão pode ocorrer por contato direto dos tecidos com líquidos biológicos infectados, inalação de partículas aerossóis e inoculadas através de bordas cortantes e instrumentos contaminados. Janela imunológica - é o intervalo entre a infecção e a possibilidade de detecção de anticorpos anti-HIV por técnicas laboratoriais. Cuidados de segurança Dentre os cuidados de segurança preconizados, para o IMOL os mais importantes são:
A - Cuidados Gerais: A.1 equipamentos de Proteção Individual (EPI) A.2 lavagem das Mãos B - Cuidados Específicos: B.1 limpeza e desinfecção de material e higienização de ambiente B.2 profilaxia para acidentes B.3 procedimento em caso de acidente B.4 saúde do funcionário
2.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A fim de minimizar o risco de se infectar, barreiras adequadas devem ser acionadas. É bastante difícil determinar quais casos de necropsias envolvem agentes infecciosos e quais não. Por¬tanto, é prudente considerar que todas as necropsias são potenciais fontes de agentes infecciosos. O plano central de todo programa de biossegurança em necropsia é a utilização de precauções-padrão de controle de infec¬ções. Assim, toda necropsia e seus objetos devem ser tratados como se portassem algum agente infeccioso. Toda a área do procedimento e seus conteú¬dos são designados como áreas de ameaça biológica e, portanto, devem ter placas informativas. A sala de necropsia ideal deve ser bem ventilada, com sistema exaustor negativo. É muito útil ter um segundo auxiliar de necropsia que se mantenha limpo, a fim de registrar pesos, medidas e outras observações quanto aos órgãos, e também para circular quando for neces¬sário qualquer auxílio. Todos os procedimentos devem visar diminuir o risco de derramamentos, respingos ou aerossóis. Equipamentos contaminados, instrumentos, bacias e demais objetos devem ser confinados a áreas designadas até sua desinfecção (mesa de necropsia, mesa de instrumen¬tos, mesa de dissecção, pia e etc.). Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI são dispositivos usados individualmente para proteger a integridade física do trabalhador e incluem: luvas, protetores oculares ou faciais, protetores respiratórios, aventais e proteção para os membros inferiores. São equipamentos de uso obrigatório nos ambiente da sala de necropsia e nas salas de radiologia pericial. A utilização de equipamentos como barreira contra as infecções externas passa por constantes modificações, sobretudo, na busca de novos materiais que sejam impermeáveis a microorganismos sob pressão, flexíveis, distensíveis e confortáveis, além de permitir a boa prática nos procedimentos.
. As principais funções dos EPI são: I - redução da exposição humana aos agentes infecciosos; II- redução de riscos e danos ao corpo provocados por agentes físicos ou mecânicos; III - redução da exposição a produtos químicos tóxicos; IV- redução da contaminação de ambientes Lavagem das mãos A ação de lavar as mãos utilizando água, sabão ou detergente é considerado o mais importante modo de atuar na prevenção e controle de infecções. O objetivo da lavagem das mãos é impedir que microorganismos mantenham-se nas mãos do profissional de necropsia, e que este carreie os mesmos para outras áreas ou demais pessoas. Portanto, a lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa. A importancia da CIPA em necroterios é fundamental. Valorize essa idéia.
Portanto, peritos médicos-legistas e auxiliares técnicos que realizam necropsias, estão expostos a risco de contaminação caso medidas adequadas de proteção não sejam rigorosamente observadas. . SEGURANÇA PROFISSIONAL E AMBIENTAL - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE SEGURANÇA EM NECRÓPSIA Uma série de cuidados deve ser empreendida para se evitar a exposição a riscos físicos, químicos e biológicos durante a realização de trabalho na área da Tanatologia Forense do IML.
Cuidados: Contaminação - ato de sujar objetos inanimados ou matéria viva com material danoso, potencialmente infeccioso ou indesejável. Descontaminação - é o processo de desinfecção ou esterilização terminal de objetos e superfícies contaminados com microorganismos patogênicos, de forma a torná-los seguros para manipulação. Desinfecção - é a eliminação de microorganismos, por meio físico ou químico, que destrói microorganismos presentes em objetos inanimados, mas não necessariamente os esporos bacterianos. Desinfetante de alto nível - produto químico capaz de eliminar vida microbiana, apresentando capacidade tuberculicida. EPI – Equipamento de Proteção Individual: máscaras, gorros, visor facial ou óculos, avental com mangas sanfonadas, jaleco, luvas de borracha, luvas de látex, botas, avental impermeabilizado.
Riscos: Infecção - é o resultado da penetração, aderência e multiplicação de um agente infeccioso específico no organismo humano ou animal onde possam causar efeitos adversos. A transmissão pode ocorrer por contato direto dos tecidos com líquidos biológicos infectados, inalação de partículas aerossóis e inoculadas através de bordas cortantes e instrumentos contaminados. Janela imunológica - é o intervalo entre a infecção e a possibilidade de detecção de anticorpos anti-HIV por técnicas laboratoriais. Cuidados de segurança Dentre os cuidados de segurança preconizados, para o IMOL os mais importantes são:
A - Cuidados Gerais: A.1 equipamentos de Proteção Individual (EPI) A.2 lavagem das Mãos B - Cuidados Específicos: B.1 limpeza e desinfecção de material e higienização de ambiente B.2 profilaxia para acidentes B.3 procedimento em caso de acidente B.4 saúde do funcionário
2.2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL A fim de minimizar o risco de se infectar, barreiras adequadas devem ser acionadas. É bastante difícil determinar quais casos de necropsias envolvem agentes infecciosos e quais não. Por¬tanto, é prudente considerar que todas as necropsias são potenciais fontes de agentes infecciosos. O plano central de todo programa de biossegurança em necropsia é a utilização de precauções-padrão de controle de infec¬ções. Assim, toda necropsia e seus objetos devem ser tratados como se portassem algum agente infeccioso. Toda a área do procedimento e seus conteú¬dos são designados como áreas de ameaça biológica e, portanto, devem ter placas informativas. A sala de necropsia ideal deve ser bem ventilada, com sistema exaustor negativo. É muito útil ter um segundo auxiliar de necropsia que se mantenha limpo, a fim de registrar pesos, medidas e outras observações quanto aos órgãos, e também para circular quando for neces¬sário qualquer auxílio. Todos os procedimentos devem visar diminuir o risco de derramamentos, respingos ou aerossóis. Equipamentos contaminados, instrumentos, bacias e demais objetos devem ser confinados a áreas designadas até sua desinfecção (mesa de necropsia, mesa de instrumen¬tos, mesa de dissecção, pia e etc.). Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI são dispositivos usados individualmente para proteger a integridade física do trabalhador e incluem: luvas, protetores oculares ou faciais, protetores respiratórios, aventais e proteção para os membros inferiores. São equipamentos de uso obrigatório nos ambiente da sala de necropsia e nas salas de radiologia pericial. A utilização de equipamentos como barreira contra as infecções externas passa por constantes modificações, sobretudo, na busca de novos materiais que sejam impermeáveis a microorganismos sob pressão, flexíveis, distensíveis e confortáveis, além de permitir a boa prática nos procedimentos.
. As principais funções dos EPI são: I - redução da exposição humana aos agentes infecciosos; II- redução de riscos e danos ao corpo provocados por agentes físicos ou mecânicos; III - redução da exposição a produtos químicos tóxicos; IV- redução da contaminação de ambientes Lavagem das mãos A ação de lavar as mãos utilizando água, sabão ou detergente é considerado o mais importante modo de atuar na prevenção e controle de infecções. O objetivo da lavagem das mãos é impedir que microorganismos mantenham-se nas mãos do profissional de necropsia, e que este carreie os mesmos para outras áreas ou demais pessoas. Portanto, a lavagem das mãos é, sem dúvida, a rotina mais simples, mais eficaz, e de maior importância na prevenção e controle da disseminação de infecções, devendo ser praticada por toda equipe, sempre ao iniciar e ao término de uma tarefa. A importancia da CIPA em necroterios é fundamental. Valorize essa idéia.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Temas de IML: cuidados com o corpo em decomposição
Cuidados com corpo em decomposição
Como acontece a decomposição do corpo humano
Segundo os tanatólogos (estudiosos da morte), os gases resultantes da putrefação dos cadáveres são:
- o gás sulfídrico,
- os mercaptanos,
- o dióxido de carbono,
- o metano,
- o amoníaco
Os dois primeiros são os responsáveis pelos maus odores.
A decomposição ou putrefação (apodrecimento) de um corpo compreende várias fases.
Decomposição
Bactérias, vermes e até substâncias produzidas por nós mesmos dão início ao fim. O cadáver vai ficando escuro e inchado, a pele e os órgãos se desfazem e o cérebro vira um caldo. Depois de algum tempo, não sobra quase nada. A decomposição acontece em duas frentes.
A primeira: o próprio corpo se decompõe. "Quando alguém morre, a oxigenação pára de acontecer e o organismo se desequilibra. Minerais como o sódio e o potássio, importantes para o metabolismo, deixam de ser produzidos. Com isso, as células se desestabilizam e passam a digerir o próprio corpo", diz o fisiologista e professor de medicina legal Marco Aurélio Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP).
Ao mesmo tempo, bactérias famintas também entram no banquete. As primeiras a avançarem na carne são as da flora intestinal e da mucosa respiratória, que já vivem no organismo. Para continuarem vivas, essas bactérias invadem os tecidos e os devoram.
Depois disso, as bactérias do ambiente deixam o cadáver irreconhecível. O suculento resto fica para insetos.
Neste contexto Vem algumas dicas que usamos no IML pra enfrentar o odor forte e os vermes e insetos que infestam o cadáver.
• Quem primeiramente examina o corpo são os peritos e colhem resquícios e dados investigativos.
• Depois disso no IML é que se termina os exames com a necropsia. Neste ponto temos que retirar e guardar as vestes.
• Em seguida vamos lavar o cadáver com água abundante retirando o vermes e insetos e ao mesmo tempo observando lesões e perfurações de tiros ou faca.
• Em seguida com autorização do legista, pegue coloque meia tampa de óleo de pinho concentrado num balde grande de água e vá lavando mais e retirando os vermes e insetos da área que será manipulada. O Cheiro do óleo de pinho vai odorizar todo o ambiente e ameniza muito o odor fétido do cadáver. O cheiro que fica é bem suportável e pode-se trabalhar melhor.
Como acontece a decomposição do corpo humano
Segundo os tanatólogos (estudiosos da morte), os gases resultantes da putrefação dos cadáveres são:
- o gás sulfídrico,
- os mercaptanos,
- o dióxido de carbono,
- o metano,
- o amoníaco
Os dois primeiros são os responsáveis pelos maus odores.
A decomposição ou putrefação (apodrecimento) de um corpo compreende várias fases.
Decomposição
Bactérias, vermes e até substâncias produzidas por nós mesmos dão início ao fim. O cadáver vai ficando escuro e inchado, a pele e os órgãos se desfazem e o cérebro vira um caldo. Depois de algum tempo, não sobra quase nada. A decomposição acontece em duas frentes.
A primeira: o próprio corpo se decompõe. "Quando alguém morre, a oxigenação pára de acontecer e o organismo se desequilibra. Minerais como o sódio e o potássio, importantes para o metabolismo, deixam de ser produzidos. Com isso, as células se desestabilizam e passam a digerir o próprio corpo", diz o fisiologista e professor de medicina legal Marco Aurélio Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP).
Ao mesmo tempo, bactérias famintas também entram no banquete. As primeiras a avançarem na carne são as da flora intestinal e da mucosa respiratória, que já vivem no organismo. Para continuarem vivas, essas bactérias invadem os tecidos e os devoram.
Depois disso, as bactérias do ambiente deixam o cadáver irreconhecível. O suculento resto fica para insetos.
Neste contexto Vem algumas dicas que usamos no IML pra enfrentar o odor forte e os vermes e insetos que infestam o cadáver.
• Quem primeiramente examina o corpo são os peritos e colhem resquícios e dados investigativos.
• Depois disso no IML é que se termina os exames com a necropsia. Neste ponto temos que retirar e guardar as vestes.
• Em seguida vamos lavar o cadáver com água abundante retirando o vermes e insetos e ao mesmo tempo observando lesões e perfurações de tiros ou faca.
• Em seguida com autorização do legista, pegue coloque meia tampa de óleo de pinho concentrado num balde grande de água e vá lavando mais e retirando os vermes e insetos da área que será manipulada. O Cheiro do óleo de pinho vai odorizar todo o ambiente e ameniza muito o odor fétido do cadáver. O cheiro que fica é bem suportável e pode-se trabalhar melhor.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Temas de IML: Bala na coluna vertebral
Retirada de projétil da coluna vertebral
Retirar um projétil do meio do osso vertebral da coluna pode ser trabalhoso, mas com método certo pode-se facilitar muito.
O melhor jeito de retirar é seguir estes passos:
1-Expor a coluna vertebral pelo lado de dentro do corpo do cadáver.
2-identifique a área óssea que esta o projétil com uso de raio x
3-Com martelo e formão, deve-se cortar os discos vertebrais dos dois lados da vértebra que esta o projétil 4-Em seguida com o formão e martelo deve-se cortar a vértebra no meio, no sentido longitudinal. 5-deve-se então abrir a vértebra como se fosse um “sanduíche”.
6-Agora todo o miolo da vértebra foi exposto e o projétil é localizado fácil e retirado sem dificuldade.
Retirar um projétil do meio do osso vertebral da coluna pode ser trabalhoso, mas com método certo pode-se facilitar muito.
O melhor jeito de retirar é seguir estes passos:
1-Expor a coluna vertebral pelo lado de dentro do corpo do cadáver.
2-identifique a área óssea que esta o projétil com uso de raio x
3-Com martelo e formão, deve-se cortar os discos vertebrais dos dois lados da vértebra que esta o projétil 4-Em seguida com o formão e martelo deve-se cortar a vértebra no meio, no sentido longitudinal. 5-deve-se então abrir a vértebra como se fosse um “sanduíche”.
6-Agora todo o miolo da vértebra foi exposto e o projétil é localizado fácil e retirado sem dificuldade.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Temas de IML: Luva cadavérica
técnica da Luva cadavérica
Tecnica de POZZO Conhecida como "luva cadaverica" Para os corpos em decomposição é necessária a retirada da luva cadavérica, ou seja, a pele que recobre os dedos da mão do cadáver. O desenho explica como é a retirada dessa luva cadavérica. Corta-se transversalmente a pele do dedo alcançando com o corte a área de um anel. Depois, a pele do dedo é deslocada e retirads. Após isso, o tecnico veste a pele do cadáver sobre sua própria mão, previamente protegida por uma luva de borracha. Enfim, pode-se tranqüilamente fazer a tomada das impressões digitais :
Outro dia no IML, tive uma experiência nova. Com um caso de um cadáver em estado putrefeito, não podíamos colher digitais nos meios normais, diante disso o legista pediu pra mim e meu colega para fazermos a “luva cadavérica”. Eu nunca tinha feito, mas meu colega sabia e me ensinou. Pra começar devo explicar que com 6 dias de óbito em casa, a temperatura ambiente, o cadáver solta a própria pele.
A pele se solta com os gases e desprende-se dos musculos e pode ser puxada.
Assim toda pele da mão se soltou e retiramos toda a pele como uma luva e colocamos pra secar. Depois de algum tempo retiramos e vestimos a pele da mão do cadáver por sobre nossas luvas. Assim vestimos nas mãos por um momento a identidade de uma pessoa. Em seguida passamos a tinta papiloscopica e colhemos as digitais no ficha. Toda a papiloscopia das duas mãos foram feitas sobre nossas mãos. Após a colheita de digitais retiramos a pele e descartamos ao lado do corpo. Agora é interessante que vocês entendam um pouco sobre papiloscopia. Vamos conhecer com esse pequeno tutorial.
A identificação por impressão digital é mais rápida, barata, segura e mais fácil que outros métodos utilizados. Com a identificação evitamos a troca de corpos, sepultamento do corpo como indigente e o principal, com o confronto da digital devolvemos à cidadania a vítima, que pode ser enterrada pela família.
. Em casos avançados de putrefação, a equipe utiliza a técnica da “luva cadavérica” em que é retirada a derme da mão da vítima formando uma luva, que é colocada na mão do próprio papiloscopista para coletar as impressões digitais.
Existem várias formas para realização do exame de necropapiloscopia. Em casos de corpos carbonizados é possível fazer a identificação da vítima pela impressão digital.
“O exame varia de caso a caso. Em alguns deles, os papiloscopistas podem utilizar uma ou mais de uma técnica para obter o resultado esperado e necessário para o levantamento das informações.
A técnica:
Corta-se transversalmente a pele do dedo alcançando com o corte a área de um anel (1).
Depois, a pele do dedo é arrancada como um preservativo (2).
Após isso, o pesquisador veste a pele do cadáver sobre sua própria mão, previamente protegida por uma luva de borracha (3).
É a hora de ver se a capinha de dedo do morto serve no seu dedo.
Enfim, pode-se tranqüilamente fazer a tomada das impressões digitais (4 e 5).
Tecnica de POZZO Conhecida como "luva cadaverica" Para os corpos em decomposição é necessária a retirada da luva cadavérica, ou seja, a pele que recobre os dedos da mão do cadáver. O desenho explica como é a retirada dessa luva cadavérica. Corta-se transversalmente a pele do dedo alcançando com o corte a área de um anel. Depois, a pele do dedo é deslocada e retirads. Após isso, o tecnico veste a pele do cadáver sobre sua própria mão, previamente protegida por uma luva de borracha. Enfim, pode-se tranqüilamente fazer a tomada das impressões digitais :
Outro dia no IML, tive uma experiência nova. Com um caso de um cadáver em estado putrefeito, não podíamos colher digitais nos meios normais, diante disso o legista pediu pra mim e meu colega para fazermos a “luva cadavérica”. Eu nunca tinha feito, mas meu colega sabia e me ensinou. Pra começar devo explicar que com 6 dias de óbito em casa, a temperatura ambiente, o cadáver solta a própria pele.
A pele se solta com os gases e desprende-se dos musculos e pode ser puxada.
Assim toda pele da mão se soltou e retiramos toda a pele como uma luva e colocamos pra secar. Depois de algum tempo retiramos e vestimos a pele da mão do cadáver por sobre nossas luvas. Assim vestimos nas mãos por um momento a identidade de uma pessoa. Em seguida passamos a tinta papiloscopica e colhemos as digitais no ficha. Toda a papiloscopia das duas mãos foram feitas sobre nossas mãos. Após a colheita de digitais retiramos a pele e descartamos ao lado do corpo. Agora é interessante que vocês entendam um pouco sobre papiloscopia. Vamos conhecer com esse pequeno tutorial.
A identificação por impressão digital é mais rápida, barata, segura e mais fácil que outros métodos utilizados. Com a identificação evitamos a troca de corpos, sepultamento do corpo como indigente e o principal, com o confronto da digital devolvemos à cidadania a vítima, que pode ser enterrada pela família.
. Em casos avançados de putrefação, a equipe utiliza a técnica da “luva cadavérica” em que é retirada a derme da mão da vítima formando uma luva, que é colocada na mão do próprio papiloscopista para coletar as impressões digitais.
Existem várias formas para realização do exame de necropapiloscopia. Em casos de corpos carbonizados é possível fazer a identificação da vítima pela impressão digital.
“O exame varia de caso a caso. Em alguns deles, os papiloscopistas podem utilizar uma ou mais de uma técnica para obter o resultado esperado e necessário para o levantamento das informações.
A técnica:
Corta-se transversalmente a pele do dedo alcançando com o corte a área de um anel (1).
Depois, a pele do dedo é arrancada como um preservativo (2).
Após isso, o pesquisador veste a pele do cadáver sobre sua própria mão, previamente protegida por uma luva de borracha (3).
É a hora de ver se a capinha de dedo do morto serve no seu dedo.
Enfim, pode-se tranqüilamente fazer a tomada das impressões digitais (4 e 5).
sábado, 24 de março de 2012
Temas de IML: trajeto de tiro
A espoleta ou escorva pode ser anular ou central, conforme o local em que o percutor deve golpeá-Ia. A sua finalidade é incendiar a pólvora que constitui a carga do cartucho. Esta, ao queimar, desprende um grande volume de gases (2.000 ml/g), que, ao saírem através do cano, forçam a expulsão do projétil. As buchas, presentes principalmente nos cartuchos de projéteis múltiplos, próprios das armas de caça ou de alma lisa, apenas servem para conter a pólvora na cápsula (estojo), separando-a dos balins de chumbo.
FERIDAS PÉRFURO-CONTUSAS
Tanto do ponto de vista médico-legal, quanto do ângulo criminalístico, os disparos podem ser efetuados a distâncias variáveis entre a boca de fogo do cano da arma e a vítima.
1-Disparos (tiros) apoiados ou encostados, a distância zero;
2.-Disparos (tiros) próximos, a curta distância ou à queima roupa;
3-Disparos (tiros) a distância.
1-PROJÉTEIS DE BAIXA ENERGIA: Com velocidades de 100m/s até 500 m/s, na saída do cano.
1-Orifício de entrada do projétil:
É variável segundo a distância do disparo e conforme o projétil seja único ou múltiplo. Existem elementos que são comuns a todo tipo de tiro, independendo da distância entre a arma e a vítima: são os denominados efeitos primários do tiro.
Designam-se como efeitos primários do tiro as ações mecânicas do projétil sobre o alvo e que, via de conseqüência, são próprios do orifício de entrada e designam-se efeitos secundários do tiro aqueles que se relacionam com a ação ou com o depósito de produtos residuais da combustão dos explosivos, iniciador e propelente, bem como com corpúsculos metálicos provenientes da abrasão do ou dos projéteis na alma do cano.
-ORIFÍCIO DE ENTRADA NOS TIROS À DISTÂNCIA
Apresentam margem invertida, orifício regular.
Os efeitos primários do tiro compreendem:
a)ferida pérfuro-contusa ou lácero-contusa,
b) as orlas, a saber:
1-Orla de enxugo ou orla de limpadura é produzida pela limpeza dos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, partículas etc.) que o projétil transporta e que este deixa ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob a forma de uma auréola escura em volta do orifício de entrada.
2-Orla de escoriação corresponde a uma delicada área, localizada em torno do ferimento pérfuro-contuso de entrada, em que a epiderme é arrancada pelo projétil quando penetra deixando exposto o córion: vermelho e brilhante, quando recente, e mate e escuro, após algumas horas.
3-Orla equimótica ou orla de contusão é produzida pelo projétil quando impacta sobre o corpo, quando se comporta apenas como um instrumento contundente (inclusive ao longo do túnel de trajeto). Evidencia-se como uma equimose, cuja extensão e intensidade está em relação, não apenas com o impacto do projétil como, também, com a textura dos tecidos da região: mais ampla, quando mais estreita e menos evidente quando mais firmes ou consistentes.
-ORIFÍCIO DE ENTRADA NOS TIROS À CURTA DISTÂNCIA
Já nos tiros a curta distância ou disparos à queima-roupa, isto é, aqueles desferidos contra o alvo situado dentro dos limites da região espacial varrida pelos gases e pelos resíduos da combustão do explosivo propelente expelidos pelo cano da arma. Ocorre a ação e deposição de alguns ou de todos estes elementos sobre o corpo ou sobre as vestes da vítima, constituindo-se, por contraposição, nos efeitos secundários do tiro.
Estes efeitos estão sujeitos a uma grande variação relacionada com o tipo e estado de conservação da arma, com a qualidade da munição, bem como com a natureza e/ou região do alvo atingido.
Estes efeitos secundários do tiro compreendem as zonas de contorno, a saber:
1-Zona de chamuscamento( queimadura)
É produzida pelos gases superaquecidos resultantes da combustão do explosivo propelente. É uma zona característica do orifício de entrada do projétil e é verificada pela ocorrência de queimaduras dos pêlos e da pele da vítima (bem como de tecidos, podendo-se dar a combustão das vestes quando estas se interpõem no local atingido e mais comum se forem de fios sintéticos).
2-Zona de esfumaçamento
É constituída por grânulos de fuligem resultantes da combustão da carga propelente, sendo superficial e se depositando apenas sobre a pele e/ou sobre as vestes interpostas, em tomo do orifício de entrada, deprimido, sendo facilmente removida da região por lavagem com bucha, água e sabão.
Aumentando a distância entre a boca de fogo e o alvo, cresce o diâmetro da zona de esfumaçamento, na medida em que vai se tornando cada vez mais tênue a deposição dos resíduos, cuja concentração diminui do centro para a periferia, com crescente perda da nitidez dos limites.
3-Zona de tatuagem
É composta por partículas de carvão (pólvora combusta) e de grânulos de pólvora incombusta, dispersas em torno do orifício de entrada, de bordas deprimidas, cujo diâmetro cresce progressivamente até perder-se a energia cinética de cada corpúsculo, assim como a aceleração de que está animado.
Com o crescente alargamento do cone de dispersão tem-se que, a uma distância de 35 cm entre a boca de fogo do cano da arma e o alvo, os pontos de tatuagem que se espalham sobre este último, já são poucos e bastante dispersos, praticamente, cessando de serem assinaláveis os seus efeitos, verificando-se que o contorno desta área ou zona perde totalmente a sua regularidade e a sua nitidez.
ORIFÍCIO DE ENTRADA NOS TIRO ENCOSTADO
Tiro encostado é aquele que é dado com a boca da arma encostada no alvo. Logo, todos os elementos que saem da arma penetram na vítima.
A ferida de entrada adquire o aspecto denominado de Câmara de mina de Hoffmann: orifício de grande tamanho, estrelado, de bordas laceradas, evertidas e irregulares, com descolamento dos tecidos do crânio, com o aspecto da cratera de uma mina, nos disparos encostados ou apoiados no crânio;
Casos especiais podem ser observados em alguns tipos de disparo:
-Sinal de Benassi: esfumaçamento da tábua externa dos ossos do crânio, em casos de tiro encostado;
Sinal de Puppe- Werkgarten: queimadura na pele pela estampa do cano da arma, no disparo apoiado.
Sinal do Funil de Bonnet: nos ossos, notadamente os planos, mostrando uma escoriação em forma de funil, cuja boca aponta o local em que o projétil sai do osso.
É o caminho que o projétil descreve no corpo, aberto (quando tem orifício de saída) ou em fundo de saco quando termina em cavidade fechada onde se aloja o projétil.
Trajeto do projétil deve ser diferenciado da trajetória do projétil (cujo estudo pertence à balística externa: fora da arma, mas também fora do alvo)
Pode ser único ou múltiplo (quando o projétil único se fragmenta, ou quando o cartucho apresenta projéteis múltiplos, ex cartuchos de caça, munição Glaser). Podem também serem: perfurante, penetrante ou transfixante.
Trata-se de um verdadeiro túnel escavado pelo projétil, durante a sua penetração, às expensas da energia transferida aos tecidos ao seu redor, que são primeiro comprimidos centrifugamente, criando uma cavidade temporária, para voltar ao normal após a passagem do projétil, ao longo do seu percurso, e que se traduz como um túnel equimótico ou hemorrágico, que se inicia com a orla de contusão ou orla equimótica, na superfície do corpo, ou pelo halo hemorrágico visceral de Bonnet, nas vísceras internas.
Cavidade Permanente é o orifício ou túnel permanente deixado no alvo pela passagem do projétil. E produzido pelo efeito esmagador (pressão) e cortante (laceração) do projétil. Dependendo do desenho do projétil, a cavidade permanente pode ser bastante larga, em diâmetro ou difícil de ser vista. Os menores orifícios são produzidos pelos projéteis ogivais ou arredondados não-expansivos e que não apresentam grande precessão.
Cavidade Temporária ou Temporal é o limite do deslocamento temporário dos tecidos pelo efeito hidrostático, quando da passagem do projétil.
2-ORIFÍCIO DA SAÍDA DO PROJÉTIL
Essas características independem da distância do tiro. pois os ferimentos de saída do projétil independem da distância do disparo.
Em geral:
-orifício maior que o de entrada (face aos fragmentos arrastados pelo projétil),
-orifício de forma irregular (devido aos movimentos deformidades que sofre o projétil),
-bordas evertidas (pela pressão de dentro para fora),
-sem orla de enxugo, nem de escoriação,-mas que pode apresentar orla equimótica ou raramente orla de contusão.
Trajeto do projétil: O caminho, reto ou em ziguezague, dependendo do ricochete, seguido pelo projétil dentro do corpo encontra-se rodeado por uma zona de necrose e laceração, por fora da qual há uma intensa infiltração hemorrágica.
A grande quantidade de energia liberada no sentido centrífugo leva a uma aceleração radial dos tecidos atravessados, formando-se, assim, a cavidade temporal, cujo diâmetro instantâneo é muito maior que o diâmetro do trajeto definitivo. Este movimento centrífugo persiste até o exaurimento por transformação de toda a energia cinética em energia elástica, quando a cavidade temporal atinge seu diâmetro máximo.
Logo a seguir, a energia elástica se transforma, novamente, em energia cinética e os tecidos, agora, são acelerados em sentido centrípeto, o que determina o colabamento da cavidade temporal. Gera-se, assim, uma nova pressão positiva, ao longo do trajeto, repetindo-se, novamente, o processo todo, sob a forma de ondas pulsáteis: fases sucessivas de expansão e colabamento da cavidade temporal (pulsação da cavidade), de amplitude paulatinamente decrescente ao longo do trajeto. O volume da cavidade temporal é proporcional à quantidade de energia cedida pelo projétil ao atravessar o corpo, que será tanto mais elevada quanto maior seja a velocidade do projétil.
FERIDAS PÉRFURO-CONTUSAS
Tanto do ponto de vista médico-legal, quanto do ângulo criminalístico, os disparos podem ser efetuados a distâncias variáveis entre a boca de fogo do cano da arma e a vítima.
1-Disparos (tiros) apoiados ou encostados, a distância zero;
2.-Disparos (tiros) próximos, a curta distância ou à queima roupa;
3-Disparos (tiros) a distância.
1-PROJÉTEIS DE BAIXA ENERGIA: Com velocidades de 100m/s até 500 m/s, na saída do cano.
1-Orifício de entrada do projétil:
É variável segundo a distância do disparo e conforme o projétil seja único ou múltiplo. Existem elementos que são comuns a todo tipo de tiro, independendo da distância entre a arma e a vítima: são os denominados efeitos primários do tiro.
Designam-se como efeitos primários do tiro as ações mecânicas do projétil sobre o alvo e que, via de conseqüência, são próprios do orifício de entrada e designam-se efeitos secundários do tiro aqueles que se relacionam com a ação ou com o depósito de produtos residuais da combustão dos explosivos, iniciador e propelente, bem como com corpúsculos metálicos provenientes da abrasão do ou dos projéteis na alma do cano.
-ORIFÍCIO DE ENTRADA NOS TIROS À DISTÂNCIA
Apresentam margem invertida, orifício regular.
Os efeitos primários do tiro compreendem:
a)ferida pérfuro-contusa ou lácero-contusa,
b) as orlas, a saber:
1-Orla de enxugo ou orla de limpadura é produzida pela limpeza dos resíduos existentes no cano da arma (pólvora, ferrugem, partículas etc.) que o projétil transporta e que este deixa ao atravessar a pele ou as vestes, ficando sob a forma de uma auréola escura em volta do orifício de entrada.
2-Orla de escoriação corresponde a uma delicada área, localizada em torno do ferimento pérfuro-contuso de entrada, em que a epiderme é arrancada pelo projétil quando penetra deixando exposto o córion: vermelho e brilhante, quando recente, e mate e escuro, após algumas horas.
3-Orla equimótica ou orla de contusão é produzida pelo projétil quando impacta sobre o corpo, quando se comporta apenas como um instrumento contundente (inclusive ao longo do túnel de trajeto). Evidencia-se como uma equimose, cuja extensão e intensidade está em relação, não apenas com o impacto do projétil como, também, com a textura dos tecidos da região: mais ampla, quando mais estreita e menos evidente quando mais firmes ou consistentes.
-ORIFÍCIO DE ENTRADA NOS TIROS À CURTA DISTÂNCIA
Já nos tiros a curta distância ou disparos à queima-roupa, isto é, aqueles desferidos contra o alvo situado dentro dos limites da região espacial varrida pelos gases e pelos resíduos da combustão do explosivo propelente expelidos pelo cano da arma. Ocorre a ação e deposição de alguns ou de todos estes elementos sobre o corpo ou sobre as vestes da vítima, constituindo-se, por contraposição, nos efeitos secundários do tiro.
Estes efeitos estão sujeitos a uma grande variação relacionada com o tipo e estado de conservação da arma, com a qualidade da munição, bem como com a natureza e/ou região do alvo atingido.
Estes efeitos secundários do tiro compreendem as zonas de contorno, a saber:
1-Zona de chamuscamento( queimadura)
É produzida pelos gases superaquecidos resultantes da combustão do explosivo propelente. É uma zona característica do orifício de entrada do projétil e é verificada pela ocorrência de queimaduras dos pêlos e da pele da vítima (bem como de tecidos, podendo-se dar a combustão das vestes quando estas se interpõem no local atingido e mais comum se forem de fios sintéticos).
2-Zona de esfumaçamento
É constituída por grânulos de fuligem resultantes da combustão da carga propelente, sendo superficial e se depositando apenas sobre a pele e/ou sobre as vestes interpostas, em tomo do orifício de entrada, deprimido, sendo facilmente removida da região por lavagem com bucha, água e sabão.
Aumentando a distância entre a boca de fogo e o alvo, cresce o diâmetro da zona de esfumaçamento, na medida em que vai se tornando cada vez mais tênue a deposição dos resíduos, cuja concentração diminui do centro para a periferia, com crescente perda da nitidez dos limites.
3-Zona de tatuagem
É composta por partículas de carvão (pólvora combusta) e de grânulos de pólvora incombusta, dispersas em torno do orifício de entrada, de bordas deprimidas, cujo diâmetro cresce progressivamente até perder-se a energia cinética de cada corpúsculo, assim como a aceleração de que está animado.
Com o crescente alargamento do cone de dispersão tem-se que, a uma distância de 35 cm entre a boca de fogo do cano da arma e o alvo, os pontos de tatuagem que se espalham sobre este último, já são poucos e bastante dispersos, praticamente, cessando de serem assinaláveis os seus efeitos, verificando-se que o contorno desta área ou zona perde totalmente a sua regularidade e a sua nitidez.
ORIFÍCIO DE ENTRADA NOS TIRO ENCOSTADO
Tiro encostado é aquele que é dado com a boca da arma encostada no alvo. Logo, todos os elementos que saem da arma penetram na vítima.
A ferida de entrada adquire o aspecto denominado de Câmara de mina de Hoffmann: orifício de grande tamanho, estrelado, de bordas laceradas, evertidas e irregulares, com descolamento dos tecidos do crânio, com o aspecto da cratera de uma mina, nos disparos encostados ou apoiados no crânio;
Casos especiais podem ser observados em alguns tipos de disparo:
-Sinal de Benassi: esfumaçamento da tábua externa dos ossos do crânio, em casos de tiro encostado;
Sinal de Puppe- Werkgarten: queimadura na pele pela estampa do cano da arma, no disparo apoiado.
Sinal do Funil de Bonnet: nos ossos, notadamente os planos, mostrando uma escoriação em forma de funil, cuja boca aponta o local em que o projétil sai do osso.
É o caminho que o projétil descreve no corpo, aberto (quando tem orifício de saída) ou em fundo de saco quando termina em cavidade fechada onde se aloja o projétil.
Trajeto do projétil deve ser diferenciado da trajetória do projétil (cujo estudo pertence à balística externa: fora da arma, mas também fora do alvo)
Pode ser único ou múltiplo (quando o projétil único se fragmenta, ou quando o cartucho apresenta projéteis múltiplos, ex cartuchos de caça, munição Glaser). Podem também serem: perfurante, penetrante ou transfixante.
Trata-se de um verdadeiro túnel escavado pelo projétil, durante a sua penetração, às expensas da energia transferida aos tecidos ao seu redor, que são primeiro comprimidos centrifugamente, criando uma cavidade temporária, para voltar ao normal após a passagem do projétil, ao longo do seu percurso, e que se traduz como um túnel equimótico ou hemorrágico, que se inicia com a orla de contusão ou orla equimótica, na superfície do corpo, ou pelo halo hemorrágico visceral de Bonnet, nas vísceras internas.
Cavidade Permanente é o orifício ou túnel permanente deixado no alvo pela passagem do projétil. E produzido pelo efeito esmagador (pressão) e cortante (laceração) do projétil. Dependendo do desenho do projétil, a cavidade permanente pode ser bastante larga, em diâmetro ou difícil de ser vista. Os menores orifícios são produzidos pelos projéteis ogivais ou arredondados não-expansivos e que não apresentam grande precessão.
Cavidade Temporária ou Temporal é o limite do deslocamento temporário dos tecidos pelo efeito hidrostático, quando da passagem do projétil.
2-ORIFÍCIO DA SAÍDA DO PROJÉTIL
Essas características independem da distância do tiro. pois os ferimentos de saída do projétil independem da distância do disparo.
Em geral:
-orifício maior que o de entrada (face aos fragmentos arrastados pelo projétil),
-orifício de forma irregular (devido aos movimentos deformidades que sofre o projétil),
-bordas evertidas (pela pressão de dentro para fora),
-sem orla de enxugo, nem de escoriação,-mas que pode apresentar orla equimótica ou raramente orla de contusão.
Trajeto do projétil: O caminho, reto ou em ziguezague, dependendo do ricochete, seguido pelo projétil dentro do corpo encontra-se rodeado por uma zona de necrose e laceração, por fora da qual há uma intensa infiltração hemorrágica.
A grande quantidade de energia liberada no sentido centrífugo leva a uma aceleração radial dos tecidos atravessados, formando-se, assim, a cavidade temporal, cujo diâmetro instantâneo é muito maior que o diâmetro do trajeto definitivo. Este movimento centrífugo persiste até o exaurimento por transformação de toda a energia cinética em energia elástica, quando a cavidade temporal atinge seu diâmetro máximo.
Logo a seguir, a energia elástica se transforma, novamente, em energia cinética e os tecidos, agora, são acelerados em sentido centrípeto, o que determina o colabamento da cavidade temporal. Gera-se, assim, uma nova pressão positiva, ao longo do trajeto, repetindo-se, novamente, o processo todo, sob a forma de ondas pulsáteis: fases sucessivas de expansão e colabamento da cavidade temporal (pulsação da cavidade), de amplitude paulatinamente decrescente ao longo do trajeto. O volume da cavidade temporal é proporcional à quantidade de energia cedida pelo projétil ao atravessar o corpo, que será tanto mais elevada quanto maior seja a velocidade do projétil.
sábado, 14 de janeiro de 2012
Complemento tutorial: As quatro tecnicas de necropsia comentadas
Existem tecnicas e podem ser comparados a procedimentos cirurgicos. Cada tecnica tem sua finalidade e logica. Tambem pode-se adaptar uma mescla destas tecnicas dependendo do caso.
Nos IMLs as tecnicas mais usadas são as de Virchow e Letulle. Estas tecnicas foram desenvolvidas por medicos brilhantes.
A tecnica de Rokitansky é muito pratica em exames no IML e SVO, devido sua praticidade. Quando em morte natural, o medico vai examinar a fundo o ponto de obito ou seja; vai direto na causa da morte.
Na tecnica de Letulle. A retirada completa serve para exames detalhados de visceras e muito util tambem em SVO.
A tecnica de Virchow é mais usada em IML para casos de morte natural, onde se examina por dentro, mas pra retirar vai direto na causa da morte.
A tecnica de Ghon é mais usada em SVO, principalmente nos Hospitais escola.
Técnicas
Cada serviço de Patologia tem sua própria técnica de necropsia, que na verdade é variante de uma das quatro técnicas básicas - de Virchow, Ghon, M. Letulle e de Rokitansky.
• Virchow os órgãos são retirados um a um e examinados posteriormente.
• Ghon, , a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatômicamente/ou funcionalmente relacionados.
• M. Letulle o conteúdo das cavidades torácica e abdominal é retirado em um só monobloco.
• Rokitansky os órgãos são retirados isoladamente após terem sido abertos e examinados "in situ".
Técnica de Virchow
Em 1874, o Dr Rudolf Virchow, médico polonês, padronizou a técnica de necrópsia, cuja base é utilizada até os dias atuais. Ele fundou as disciplinas de patologia celular e patogia. Na técnica de Virchow os órgãos são retirados um a um, são pesados e examinados separadamente. A abertura do tórax e abdome é a padrão (biacrômio esterno pubiana) e a do crânio, também (bimastóidea vertical). Após o exame dos órgãos, eles são colocados novamente dentro do cadáver.
Historioco:Rudolf Ludwig Karl Virchow (Świdwin, 13 de outubro de 1821 — Berlim, 5 de setembro de 1902) foi um médico e político alemão.
É considerado o pai da patologia moderna e da medicina social, além de antropólogo e político liberal (Partido Progressista Alemão e Partido Livre-Pensador Alemão).
Filho do açougueiro Carl Virchow e de Johanna Hesse Virchow, graduou-se em 1843 em medicina em Berlim, pela Academia Militar da Prússia. Tornou-se professor em 1847. Por participação ativa na Revolução de Março (1848-1849), mudou-se para Würzburg, onde trabalhou como anatomista. Casou em 1850 com Rose Mayer, com quem teve 3 filhos e 3 filhas. Em 1856 retornou a Berlim, para assumir a cátedra de anatomia patológica da Universidade de Berlim.
Durante a Guerra Franco-Prussiana, liderou pessoalmente o primeiro hospital móvel para atender os soldados no front. Também envolveu-se em atividades sociais, como saneamento básico, arquitetura de construção hospitalar, melhoramento de técnicas de inspeção de carne e higiene escolar.
A ele são creditadas várias descobertas significativas. Foi ele quem elucidou o mecanismo do tromboembolismo, cujos fatores são conhecidos até hoje como tríade de Virchow. Foi o primeiro a publicar um trabalho científico sobre leucemia, pelo qual todas as formas de lesão orgânica começam com alterações moleculares ou estruturais das células.
Foi membro ativo na vida política do II Reich alemão, como ferrenho opositor ao Chanceler Otto von Bismarck.
Sua sepultura está localizada no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin, no endereço Feld H, H-S-012/013, G2.
Técnica de Rokitansky
Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das doenças e a técnica de necropsia com o estudo sistemático de cada órgão. Em 1866, já tinhafeito mais de 30 mil necropsias. Na sua técnica, os órgãos são examinados “in situ”ou seja, dentro do cadáver, um a um. Desta forma, nesta técnica são realizados vários cortes em todos os órgãos internos, para depois eles serem retirados, um por um. Observe que esta técnica possui uma grande semelhança com técnica de Virchow, com a diferença de que na de Virchow os órgãos são retirados um a um para depois serem examinados, enquanto na de Rokitansky os órgãos são examinados ainda dentro do cadáver, para depois serem retirados , também um por um.
Historico:Carl von Rokitansky nasceu em Hradec Králové , Bohemia . He studied at the Charles University in Prague (1821-1824) and attained a doctorate in medicine on 6 March 1828 at the University of Vienna . Ele estudou na Universidade Charles de Praga (1821-1824) e alcançou um doutorado em medicina em 6 de marco de 1828 na Universidade de Viena . Como um jovem professor, ele reconheceu que o ainda pouco notado disciplina de anatomia patológica pode ser de grande valia para o trabalho clínico no hospital , porque ele poderia oferecer novos diagnósticos terapêuticos e possibilidades para o lado médico. Com isso, depois de Gerard van Swieten , que foi o fundador da primeira Escola de Viena , Rokitansky lançou uma verdadeira "revolução científica". Com a criação da segunda escola de Viena, uma mudança de paradigma entrou em vigor, liderada por Rokitansky, Josef Skoda e Ferdinand von Hebra , a partir da noção de medicina como um tema filosófico-natureza, a mais moderna medicina cientificamente orientada. Desta forma, associada à especialização da medicina e com o desenvolvimento de novas disciplinas, a Escola de Viena alcançado renome mundial.
O nome Rokitansky está associada com as seguintes doenças características morfológicas / das doenças:
• Superior Mesenteric Artery Syndrome Superior Síndrome da artéria mesentérica
• Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser syndrome -Rokitansky-Kuster-Hauser Mayer
• Rokitansky's diverticulum divertículo de Rokitansky
• Rokitansky's triad ( pulmonary stenosis ) Rokitansky's (tríade estenose pulmonar )
• Rokitansky-Aschoff sinuses (in the gallbladder ) Rokitansky-Aschoff seios (na vesícula biliar )
• Rokitansky-Cushing ulcer Rokitansky-Cushing úlcera
• Rokitansky-Maude Abbott syndrome Síndrome de Rokitansky-Maude Abbott
• Von Rokitansky's syndrome Rokitansky da síndrome de Von
• Rokitansky nodule - teratomas Rokitansky nódulo - teratomas
Ele também desenvolveu um método de autópsia , a técnica de Rokitansky de mesmo nome, ou o "in-situ" método que não está mais em uso é today.Rokitansky disse "ter supervisionado 70 mil autópsias, realizadas pessoalmente e mais de 30.000, média de dois por dia, sete dias por semana, durante 45 anos
Técnica de M. Letulle
Historico:Maurice Letulle praticado duas profissões: ele era um médico especialista da patologia e um professor. Não surpreendentemente, ele considerou seriamente a escolha do material que ele poderia usar para apoiar suas palestras e com o qual ele forma um "Bibliothèque de patologias [biblioteca" de patologias] para si e para seus colegas.
Embora tivesse inicialmente formado uma coleção de inclusões (peças cirúrgicas conservadas em solução de formaldeído), era pesado e pesado. Cerca de 1911, quando os irmãos Lumière foram popularizar a técnica Autochrome, Letulle usaram para tirar fotos de macro e microscópicas patologias. O Autochrome oferecidas duas vantagens: eles forneceram uma amostra real de a doença em questão e, além disso, eram de fácil transporte e exibição. Corantes, que agia como uma sonda de exploração de tecidos, foram essenciais do século 19 e 20 imagens médicas de patologia. This was especially the case when the application of a colourant to a tissue engendered a visible chromatic reaction. Este foi especialmente o caso quando da aplicação de um corante de um tecido provocou uma reação visível cromática. Maurice Letulle preparados os cortes histológicos que ele fotografou a si mesmo através de um microscópio. Para estas fotografias da anatomia patológica microscópica, acrescentou imagens macroscópicas de órgãos saudáveis e retratos dos pacientes. Sua coleção inclui também fotografias da praga na Manchúria e demonstrações de exame médico, como uma auscultação e um exame metódico de um coração. Eugène Normand, bem como o técnico Mrs. Clark Blondeau-lo ajudado neste trabalho, mas Maurice Letulle se decidiu a Autocromos 'classificações por órgão e lesão. Esta classificação original foi mantido junto com as lendas que ele inscrito em cada uma das placas de vidro.
Na técnica de M.Letulle, é feita a evisceração (retirada das vísceras do cadáver) através de um único bloco. Esta retirada se dá, na parte torácica e abdominal da seguinte forma: a pele abaixo da região mentoniana é rebatida, juntamente com os planos musculares, e é feito um corte nos músculos localizados abaixo da língua. A língua então, será tracionada em sentindo antero-inferior, e o técnico também irá começar a dissecar os músculos da região cervical, liberando a traquéia e o esôfago, que virão juntamente com a língua. A dissecação deste conjunto continuará a ser feita, sendo que o mediastino posterior será descolado da coluna vertebral, e os pulmões, liberados. O diafragma então será cortado na sua porção mais posterior, e o fígado será liberado juntamente com o pâncreas e o estômago. O intestino delgado e o grosso é então descolado da parece abdominal, através da secção do mesentério. No final do intestino grosso, é feito um nó-duplo, para evitar o vazamento do conteúdo intestinal quando o corte final for feito. Os rins também são retirados quando o intestino está sendo descolado.
Técnica de Ghon.
Historico: Anton Ghon (01 de janeiro de 1866 - 23 de abril de 1936) foi um austríaco patologista , que era um nativo de Villach . Em 1890 ele ganhou seu grau médico em Graz , e depois passou vários anos no instituto patológico em Viena , onde trabalhou com Anton Weichselbaum (1845-1920). Em 1910 ele se tornou um professor de patológico anatomia na Universidade Alemã de Praga .
Ghon era um especialista no campo da bacteriologia , e é lembrado por seu trabalho com meningite e tuberculose . Seu nome emprestado a sua Ghon foco , que é um primário de infecção associada com a tuberculose, bem como do complexo Ghon , quando a infecção acima envolve em torno dos gânglios linfáticos . Sua obra mais conhecida escrita é um tratado de 1912 de tuberculose na infância chamado Der Primare Lungenherd bei der Tuberkulose der Kinder.
• Publications Anton Ghon: Publicações sobre Anton Ghon:
• Ghon, mas não esquecido, (Anton Ghon e seu complexo); WB Ober (1983).
Na técnica de Ghon, a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatomicamente e/ou funcionalmente relacionados. Abaixo estão descritas as etapas da necropsia clinica utilizando a técnica de Ghon:
Remoção do cérebro: A incisão no couro cabeludo deve se iniciar a 1-2 cm atrás da borda inferior da orelha direita, se estendendo pela convexidade do crânio até alcançar o ponto correspondente contralateral. As duas partes devem ser descoladas da calota craniana e rebatidas, a anterior até próximo das órbitas, e a posterior até a protuberância occipital.
Remoção da hipófise: Secciona-se o diafragma da sela túrcica em toda sua extensão. A ponta do formão é colocada na borda posterior, e martela-se orientado para trás; visualiza-se a hipófise, que então é dissecada e retirada.
Remoção da medula espinhal: Pode ser feita por via posterior, colocando-se o corpo virado de costas e abrindo-se a pele ao longo da coluna vertebral, que então é seccionada nos processos laminares, expondo a medula nervosa.
ABERTURA DAS CAVIDADES TORÁCICA E ABDOMINAL:
Incisão da pele: Inicia-se com uma incisão em Y partindo do ombro esquerdo, descendo, passando sob os mamilos e ascendendo até o ombro direito. Aprofunda-se a incisão até se encontrar o gradil costal, iniciando-se a dissecção por baixo dos planos musculares, em direção ao pescoço. Deve-se tracionar o retalho cutâneo para cima e para trás. Alcançada a clavícula, a dissecção passa a ser subcutânea, devendo-se alcançar a mandíbula e os acrômios. Deve-se ter cuidado para não lesar a pele, mantendo o bisturi o mais vertical possível. Exposto o gradil costal, faz-se uma incisão mediana desde a margem do corte anterior até o púbis, desviando da cicatriz umbilical, profunda o bastante para cortar o peritôneo, mas sem lesar os órgãos subjacentes. Disseca-se a pele e secciona-se os músculos da parede abdominal rente ao rebordo inferior do gradil costal de ambos os lados, expondo-se toda a cavidade abdominal.
-Primeiro monobloco: Formado pelos órgaos torácicos e cervicais - pulmões, coração, laringe, traquéia, esôfago, grandes vasos e estruturas mediastinais. Primeiramente, todas as aderências pleurais devem ser desfeitas com o auxílio dos dedos ou do bisturi. Solta-se a extremidade superior do monobloco seccionando-se, sob a mandíbula, a base da língua e a parte inferior da orofaringe. Traciona-se anteriormente e solta-se o esôfago da coluna vertebral e secciona-se os feixes vásculo-nervosos braquiais.
-Segundo monobloco: Representado pelo fígado, sistema biliar, estômago, segmentos de esôfago e duodeno, baço e pâncreas. Secciona-se ambas as cúpulas diafragmáticas na região central, ântero-posteriormente (permitindo que o fígado seja rechaçado, facilitando os passos seguintes). Depois libera-se o baço, pâncreas e segmento de duodeno até a coluna vertebral, cortando-se a veia cava e artéria celíaca, deixando a aorta intacta. Solta-se o fígado do diafragma dissecando-se os ligamentos e aderências com o bisturi e os dedos. Deve-se ter muito cuidado para não lesar as supra-renais, que são retiradas com o terceiro monobloco.
=Terceiro monobloco: Composto pelo sistema uro-genital (rins, ureteres, bexiga, próstata e vesículas seminais / útero, trompas e ovários), reto e supra-renais. Começa-se soltando o rim e a supra-renal esquerda, cortando-se o peritôneo e dissecando-os dos músculos subjacentes, até a coluna vertebral. Continua-se a dissecção para baixo, em direção à pelve, tendo-se cuidado para não lesar o ureter. A dissecção deve chegar até a coluna vertebral lombar, por baixo da aorta. Faz-se o mesmo do lado direito. Passa-se então para a liberação dos órgãos pélvicos, que é feita por dissecção às cegas com os dedos. Primeiro solta-se a bexiga da sínfise púbica e depois passa-se os dedos ao redor e por trás dos órgãos genitais e reto, até chegar à linha média. Agora o conteúdo pélvico pode ser solto da parede posterior por continuação da dissecção anterior. O monobloco está praticamente solto, só faltando cortar as ligações remanescentes no assoalho pélvico (uretra, vagina / próstata e reto) e os vasos ilíacos. Nos homens deve-se também retirar os testículos (ver adiante).
-Quarto monobloco: Constituído pelo segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e cólon. Deve ser o primeiro monobloco a ser retirado e examinado após a abertura das cavidades abdominal e torácica, uma vez que o trato gastro-intestinal autolisa muito rapidamente. Rebate-se todo o intestino delgado para a direita, identificando-se a alça fixa do duodeno (área de passagem do duodeno do retroperitôneo para a cavidade peritoneal), colocando-se duas ligaduras com 10 cm de intervalo entre si e seccionando-se o segmento entre elas. Identifica-se o sigmóide, que também deve ser amarrado e seccionado de maneira semelhante. Libera-se o intestino grosso, tendo-se o cuidado de retirá-lo com o mesocólon, sem lesar as estruturas subjacentes, seguindo-se para a liberação do intestino delgado por secção da raiz do mesentério o mais próximo possível da aorta.
Virchow
Em 1874, o Dr Rudolf Virchow, médico polonês, padronizou a técnica de necrópsia, cuja base é utilizada até os dias atuais. Ele fundou as disciplinas de patologia celular e patogia. Na técnica de Virchow os órgãos são retirados um a um, são pesados e examinados separadamente. A abertura do tórax e abdome é a padrão (biacrômio esterno pubiana) e a do crânio, também (bimastóidea vertical). Após o exame dos órgãos, eles são colocados novamente dentro do cadáver.
Historioco:Rudolf Ludwig Karl Virchow (Świdwin, 13 de outubro de 1821 — Berlim, 5 de setembro de 1902) foi um médico e político alemão.
É considerado o pai da patologia moderna e da medicina social, além de antropólogo e político liberal (Partido Progressista Alemão e Partido Livre-Pensador Alemão).
Filho do açougueiro Carl Virchow e de Johanna Hesse Virchow, graduou-se em 1843 em medicina em Berlim, pela Academia Militar da Prússia. Tornou-se professor em 1847. Por participação ativa na Revolução de Março (1848-1849), mudou-se para Würzburg, onde trabalhou como anatomista. Casou em 1850 com Rose Mayer, com quem teve 3 filhos e 3 filhas. Em 1856 retornou a Berlim, para assumir a cátedra de anatomia patológica da Universidade de Berlim.
Durante a Guerra Franco-Prussiana, liderou pessoalmente o primeiro hospital móvel para atender os soldados no front. Também envolveu-se em atividades sociais, como saneamento básico, arquitetura de construção hospitalar, melhoramento de técnicas de inspeção de carne e higiene escolar.
A ele são creditadas várias descobertas significativas. Foi ele quem elucidou o mecanismo do tromboembolismo, cujos fatores são conhecidos até hoje como tríade de Virchow. Foi o primeiro a publicar um trabalho científico sobre leucemia, pelo qual todas as formas de lesão orgânica começam com alterações moleculares ou estruturais das células.
Foi membro ativo na vida política do II Reich alemão, como ferrenho opositor ao Chanceler Otto von Bismarck.
Sua sepultura está localizada no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin, no endereço Feld H, H-S-012/013, G2.
Rokitansky
Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das doenças e a técnica de necropsia com o estudo sistemático de cada órgão. Em 1866, já tinhafeito mais de 30 mil necropsias. Na sua técnica, os órgãos são examinados “in situ”ou seja, dentro do cadáver, um a um. Desta forma, nesta técnica são realizados vários cortes em todos os órgãos internos, para depois eles serem retirados, um por um. Observe que esta técnica possui uma grande semelhança com técnica de Virchow, com a diferença de que na de Virchow os órgãos são retirados um a um para depois serem examinados, enquanto na de Rokitansky os órgãos são examinados ainda dentro do cadáver, para depois serem retirados , também um por um.
Historico:Carl von Rokitansky nasceu em Hradec Králové , Bohemia . He studied at the Charles University in Prague (1821-1824) and attained a doctorate in medicine on 6 March 1828 at the University of Vienna . Ele estudou na Universidade Charles de Praga (1821-1824) e alcançou um doutorado em medicina em 6 de marco de 1828 na Universidade de Viena . Como um jovem professor, ele reconheceu que o ainda pouco notado disciplina de anatomia patológica pode ser de grande valia para o trabalho clínico no hospital , porque ele poderia oferecer novos diagnósticos terapêuticos e possibilidades para o lado médico. Com isso, depois de Gerard van Swieten , que foi o fundador da primeira Escola de Viena , Rokitansky lançou uma verdadeira "revolução científica". Com a criação da segunda escola de Viena, uma mudança de paradigma entrou em vigor, liderada por Rokitansky, Josef Skoda e Ferdinand von Hebra , a partir da noção de medicina como um tema filosófico-natureza, a mais moderna medicina cientificamente orientada. Desta forma, associada à especialização da medicina e com o desenvolvimento de novas disciplinas, a Escola de Viena alcançado renome mundial.
Ele também desenvolveu um método de autópsia , a técnica de Rokitansky de mesmo nome, ou o "in-situ" método que não está mais em uso é today.Rokitansky disse "ter supervisionado 70 mil autópsias, realizadas pessoalmente e mais de 30.000, média de dois por dia, sete dias por semana, durante 45 anos
M. Letulle
Historico:Maurice Letulle praticado duas profissões: ele era um médico especialista da patologia e um professor. Não surpreendentemente, ele considerou seriamente a escolha do material que ele poderia usar para apoiar suas palestras e com o qual ele forma um "Bibliothèque de patologias [biblioteca" de patologias] para si e para seus colegas.
Embora tivesse inicialmente formado uma coleção de inclusões (peças cirúrgicas conservadas em solução de formaldeído), era pesado e pesado. Cerca de 1911, quando os irmãos Lumière foram popularizar a técnica Autochrome, Letulle usaram para tirar fotos de macro e microscópicas patologias. O Autochrome oferecidas duas vantagens: eles forneceram uma amostra real de a doença em questão e, além disso, eram de fácil transporte e exibição. Corantes, que agia como uma sonda de exploração de tecidos, foram essenciais do século 19 e 20 imagens médicas de patologia. This was especially the case when the application of a colourant to a tissue engendered a visible chromatic reaction. Este foi especialmente o caso quando da aplicação de um corante de um tecido provocou uma reação visível cromática. Maurice Letulle preparados os cortes histológicos que ele fotografou a si mesmo através de um microscópio. Para estas fotografias da anatomia patológica microscópica, acrescentou imagens macroscópicas de órgãos saudáveis e retratos dos pacientes. Sua coleção inclui também fotografias da praga na Manchúria e demonstrações de exame médico, como uma auscultação e um exame metódico de um coração. Eugène Normand, bem como o técnico Mrs. Clark Blondeau-lo ajudado neste trabalho, mas Maurice Letulle se decidiu a Autocromos 'classificações por órgão e lesão. Esta classificação original foi mantido junto com as lendas que ele inscrito em cada uma das placas de vidro.
Na técnica de M.Letulle, é feita a evisceração (retirada das vísceras do cadáver) através de um único bloco.
Ghon
Historico: Anton Ghon (01 de janeiro de 1866 - 23 de abril de 1936) foi um austríaco patologista , que era um nativo de Villach . Em 1890 ele ganhou seu grau médico em Graz , e depois passou vários anos no instituto patológico em Viena , onde trabalhou com Anton Weichselbaum (1845-1920). Em 1910 ele se tornou um professor de patológico anatomia na Universidade Alemã de Praga.
Ghon era um especialista no campo da bacteriologia , e é lembrado por seu trabalho com meningite e tuberculose . Seu nome emprestado a sua Ghon foco , que é um primário de infecção associada com a tuberculose, bem como do complexo Ghon , quando a infecção acima envolve em torno dos gânglios linfáticos . Sua obra mais conhecida escrita é um tratado de 1912 de tuberculose na infância chamado Der Primare Lungenherd bei der Tuberkulose der Kinder.
• Publications Anton Ghon: Publicações sobre Anton Ghon:
• Ghon, mas não esquecido, (Anton Ghon e seu complexo); WB Ober (1983).
Na técnica de Ghon, a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatomicamente e/ou funcionalmente relacionados.
Nos IMLs as tecnicas mais usadas são as de Virchow e Letulle. Estas tecnicas foram desenvolvidas por medicos brilhantes.
A tecnica de Rokitansky é muito pratica em exames no IML e SVO, devido sua praticidade. Quando em morte natural, o medico vai examinar a fundo o ponto de obito ou seja; vai direto na causa da morte.
Na tecnica de Letulle. A retirada completa serve para exames detalhados de visceras e muito util tambem em SVO.
A tecnica de Virchow é mais usada em IML para casos de morte natural, onde se examina por dentro, mas pra retirar vai direto na causa da morte.
A tecnica de Ghon é mais usada em SVO, principalmente nos Hospitais escola.
Técnicas
Cada serviço de Patologia tem sua própria técnica de necropsia, que na verdade é variante de uma das quatro técnicas básicas - de Virchow, Ghon, M. Letulle e de Rokitansky.
• Virchow os órgãos são retirados um a um e examinados posteriormente.
• Ghon, , a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatômicamente/ou funcionalmente relacionados.
• M. Letulle o conteúdo das cavidades torácica e abdominal é retirado em um só monobloco.
• Rokitansky os órgãos são retirados isoladamente após terem sido abertos e examinados "in situ".
Técnica de Virchow
Em 1874, o Dr Rudolf Virchow, médico polonês, padronizou a técnica de necrópsia, cuja base é utilizada até os dias atuais. Ele fundou as disciplinas de patologia celular e patogia. Na técnica de Virchow os órgãos são retirados um a um, são pesados e examinados separadamente. A abertura do tórax e abdome é a padrão (biacrômio esterno pubiana) e a do crânio, também (bimastóidea vertical). Após o exame dos órgãos, eles são colocados novamente dentro do cadáver.
Historioco:Rudolf Ludwig Karl Virchow (Świdwin, 13 de outubro de 1821 — Berlim, 5 de setembro de 1902) foi um médico e político alemão.
É considerado o pai da patologia moderna e da medicina social, além de antropólogo e político liberal (Partido Progressista Alemão e Partido Livre-Pensador Alemão).
Filho do açougueiro Carl Virchow e de Johanna Hesse Virchow, graduou-se em 1843 em medicina em Berlim, pela Academia Militar da Prússia. Tornou-se professor em 1847. Por participação ativa na Revolução de Março (1848-1849), mudou-se para Würzburg, onde trabalhou como anatomista. Casou em 1850 com Rose Mayer, com quem teve 3 filhos e 3 filhas. Em 1856 retornou a Berlim, para assumir a cátedra de anatomia patológica da Universidade de Berlim.
Durante a Guerra Franco-Prussiana, liderou pessoalmente o primeiro hospital móvel para atender os soldados no front. Também envolveu-se em atividades sociais, como saneamento básico, arquitetura de construção hospitalar, melhoramento de técnicas de inspeção de carne e higiene escolar.
A ele são creditadas várias descobertas significativas. Foi ele quem elucidou o mecanismo do tromboembolismo, cujos fatores são conhecidos até hoje como tríade de Virchow. Foi o primeiro a publicar um trabalho científico sobre leucemia, pelo qual todas as formas de lesão orgânica começam com alterações moleculares ou estruturais das células.
Foi membro ativo na vida política do II Reich alemão, como ferrenho opositor ao Chanceler Otto von Bismarck.
Sua sepultura está localizada no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin, no endereço Feld H, H-S-012/013, G2.
Técnica de Rokitansky
Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das doenças e a técnica de necropsia com o estudo sistemático de cada órgão. Em 1866, já tinhafeito mais de 30 mil necropsias. Na sua técnica, os órgãos são examinados “in situ”ou seja, dentro do cadáver, um a um. Desta forma, nesta técnica são realizados vários cortes em todos os órgãos internos, para depois eles serem retirados, um por um. Observe que esta técnica possui uma grande semelhança com técnica de Virchow, com a diferença de que na de Virchow os órgãos são retirados um a um para depois serem examinados, enquanto na de Rokitansky os órgãos são examinados ainda dentro do cadáver, para depois serem retirados , também um por um.
Historico:Carl von Rokitansky nasceu em Hradec Králové , Bohemia . He studied at the Charles University in Prague (1821-1824) and attained a doctorate in medicine on 6 March 1828 at the University of Vienna . Ele estudou na Universidade Charles de Praga (1821-1824) e alcançou um doutorado em medicina em 6 de marco de 1828 na Universidade de Viena . Como um jovem professor, ele reconheceu que o ainda pouco notado disciplina de anatomia patológica pode ser de grande valia para o trabalho clínico no hospital , porque ele poderia oferecer novos diagnósticos terapêuticos e possibilidades para o lado médico. Com isso, depois de Gerard van Swieten , que foi o fundador da primeira Escola de Viena , Rokitansky lançou uma verdadeira "revolução científica". Com a criação da segunda escola de Viena, uma mudança de paradigma entrou em vigor, liderada por Rokitansky, Josef Skoda e Ferdinand von Hebra , a partir da noção de medicina como um tema filosófico-natureza, a mais moderna medicina cientificamente orientada. Desta forma, associada à especialização da medicina e com o desenvolvimento de novas disciplinas, a Escola de Viena alcançado renome mundial.
O nome Rokitansky está associada com as seguintes doenças características morfológicas / das doenças:
• Superior Mesenteric Artery Syndrome Superior Síndrome da artéria mesentérica
• Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser syndrome -Rokitansky-Kuster-Hauser Mayer
• Rokitansky's diverticulum divertículo de Rokitansky
• Rokitansky's triad ( pulmonary stenosis ) Rokitansky's (tríade estenose pulmonar )
• Rokitansky-Aschoff sinuses (in the gallbladder ) Rokitansky-Aschoff seios (na vesícula biliar )
• Rokitansky-Cushing ulcer Rokitansky-Cushing úlcera
• Rokitansky-Maude Abbott syndrome Síndrome de Rokitansky-Maude Abbott
• Von Rokitansky's syndrome Rokitansky da síndrome de Von
• Rokitansky nodule - teratomas Rokitansky nódulo - teratomas
Ele também desenvolveu um método de autópsia , a técnica de Rokitansky de mesmo nome, ou o "in-situ" método que não está mais em uso é today.Rokitansky disse "ter supervisionado 70 mil autópsias, realizadas pessoalmente e mais de 30.000, média de dois por dia, sete dias por semana, durante 45 anos
Técnica de M. Letulle
Historico:Maurice Letulle praticado duas profissões: ele era um médico especialista da patologia e um professor. Não surpreendentemente, ele considerou seriamente a escolha do material que ele poderia usar para apoiar suas palestras e com o qual ele forma um "Bibliothèque de patologias [biblioteca" de patologias] para si e para seus colegas.
Embora tivesse inicialmente formado uma coleção de inclusões (peças cirúrgicas conservadas em solução de formaldeído), era pesado e pesado. Cerca de 1911, quando os irmãos Lumière foram popularizar a técnica Autochrome, Letulle usaram para tirar fotos de macro e microscópicas patologias. O Autochrome oferecidas duas vantagens: eles forneceram uma amostra real de a doença em questão e, além disso, eram de fácil transporte e exibição. Corantes, que agia como uma sonda de exploração de tecidos, foram essenciais do século 19 e 20 imagens médicas de patologia. This was especially the case when the application of a colourant to a tissue engendered a visible chromatic reaction. Este foi especialmente o caso quando da aplicação de um corante de um tecido provocou uma reação visível cromática. Maurice Letulle preparados os cortes histológicos que ele fotografou a si mesmo através de um microscópio. Para estas fotografias da anatomia patológica microscópica, acrescentou imagens macroscópicas de órgãos saudáveis e retratos dos pacientes. Sua coleção inclui também fotografias da praga na Manchúria e demonstrações de exame médico, como uma auscultação e um exame metódico de um coração. Eugène Normand, bem como o técnico Mrs. Clark Blondeau-lo ajudado neste trabalho, mas Maurice Letulle se decidiu a Autocromos 'classificações por órgão e lesão. Esta classificação original foi mantido junto com as lendas que ele inscrito em cada uma das placas de vidro.
Na técnica de M.Letulle, é feita a evisceração (retirada das vísceras do cadáver) através de um único bloco. Esta retirada se dá, na parte torácica e abdominal da seguinte forma: a pele abaixo da região mentoniana é rebatida, juntamente com os planos musculares, e é feito um corte nos músculos localizados abaixo da língua. A língua então, será tracionada em sentindo antero-inferior, e o técnico também irá começar a dissecar os músculos da região cervical, liberando a traquéia e o esôfago, que virão juntamente com a língua. A dissecação deste conjunto continuará a ser feita, sendo que o mediastino posterior será descolado da coluna vertebral, e os pulmões, liberados. O diafragma então será cortado na sua porção mais posterior, e o fígado será liberado juntamente com o pâncreas e o estômago. O intestino delgado e o grosso é então descolado da parece abdominal, através da secção do mesentério. No final do intestino grosso, é feito um nó-duplo, para evitar o vazamento do conteúdo intestinal quando o corte final for feito. Os rins também são retirados quando o intestino está sendo descolado.
Técnica de Ghon.
Historico: Anton Ghon (01 de janeiro de 1866 - 23 de abril de 1936) foi um austríaco patologista , que era um nativo de Villach . Em 1890 ele ganhou seu grau médico em Graz , e depois passou vários anos no instituto patológico em Viena , onde trabalhou com Anton Weichselbaum (1845-1920). Em 1910 ele se tornou um professor de patológico anatomia na Universidade Alemã de Praga .
Ghon era um especialista no campo da bacteriologia , e é lembrado por seu trabalho com meningite e tuberculose . Seu nome emprestado a sua Ghon foco , que é um primário de infecção associada com a tuberculose, bem como do complexo Ghon , quando a infecção acima envolve em torno dos gânglios linfáticos . Sua obra mais conhecida escrita é um tratado de 1912 de tuberculose na infância chamado Der Primare Lungenherd bei der Tuberkulose der Kinder.
• Publications Anton Ghon: Publicações sobre Anton Ghon:
• Ghon, mas não esquecido, (Anton Ghon e seu complexo); WB Ober (1983).
Na técnica de Ghon, a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatomicamente e/ou funcionalmente relacionados. Abaixo estão descritas as etapas da necropsia clinica utilizando a técnica de Ghon:
Remoção do cérebro: A incisão no couro cabeludo deve se iniciar a 1-2 cm atrás da borda inferior da orelha direita, se estendendo pela convexidade do crânio até alcançar o ponto correspondente contralateral. As duas partes devem ser descoladas da calota craniana e rebatidas, a anterior até próximo das órbitas, e a posterior até a protuberância occipital.
Remoção da hipófise: Secciona-se o diafragma da sela túrcica em toda sua extensão. A ponta do formão é colocada na borda posterior, e martela-se orientado para trás; visualiza-se a hipófise, que então é dissecada e retirada.
Remoção da medula espinhal: Pode ser feita por via posterior, colocando-se o corpo virado de costas e abrindo-se a pele ao longo da coluna vertebral, que então é seccionada nos processos laminares, expondo a medula nervosa.
ABERTURA DAS CAVIDADES TORÁCICA E ABDOMINAL:
Incisão da pele: Inicia-se com uma incisão em Y partindo do ombro esquerdo, descendo, passando sob os mamilos e ascendendo até o ombro direito. Aprofunda-se a incisão até se encontrar o gradil costal, iniciando-se a dissecção por baixo dos planos musculares, em direção ao pescoço. Deve-se tracionar o retalho cutâneo para cima e para trás. Alcançada a clavícula, a dissecção passa a ser subcutânea, devendo-se alcançar a mandíbula e os acrômios. Deve-se ter cuidado para não lesar a pele, mantendo o bisturi o mais vertical possível. Exposto o gradil costal, faz-se uma incisão mediana desde a margem do corte anterior até o púbis, desviando da cicatriz umbilical, profunda o bastante para cortar o peritôneo, mas sem lesar os órgãos subjacentes. Disseca-se a pele e secciona-se os músculos da parede abdominal rente ao rebordo inferior do gradil costal de ambos os lados, expondo-se toda a cavidade abdominal.
-Primeiro monobloco: Formado pelos órgaos torácicos e cervicais - pulmões, coração, laringe, traquéia, esôfago, grandes vasos e estruturas mediastinais. Primeiramente, todas as aderências pleurais devem ser desfeitas com o auxílio dos dedos ou do bisturi. Solta-se a extremidade superior do monobloco seccionando-se, sob a mandíbula, a base da língua e a parte inferior da orofaringe. Traciona-se anteriormente e solta-se o esôfago da coluna vertebral e secciona-se os feixes vásculo-nervosos braquiais.
-Segundo monobloco: Representado pelo fígado, sistema biliar, estômago, segmentos de esôfago e duodeno, baço e pâncreas. Secciona-se ambas as cúpulas diafragmáticas na região central, ântero-posteriormente (permitindo que o fígado seja rechaçado, facilitando os passos seguintes). Depois libera-se o baço, pâncreas e segmento de duodeno até a coluna vertebral, cortando-se a veia cava e artéria celíaca, deixando a aorta intacta. Solta-se o fígado do diafragma dissecando-se os ligamentos e aderências com o bisturi e os dedos. Deve-se ter muito cuidado para não lesar as supra-renais, que são retiradas com o terceiro monobloco.
=Terceiro monobloco: Composto pelo sistema uro-genital (rins, ureteres, bexiga, próstata e vesículas seminais / útero, trompas e ovários), reto e supra-renais. Começa-se soltando o rim e a supra-renal esquerda, cortando-se o peritôneo e dissecando-os dos músculos subjacentes, até a coluna vertebral. Continua-se a dissecção para baixo, em direção à pelve, tendo-se cuidado para não lesar o ureter. A dissecção deve chegar até a coluna vertebral lombar, por baixo da aorta. Faz-se o mesmo do lado direito. Passa-se então para a liberação dos órgãos pélvicos, que é feita por dissecção às cegas com os dedos. Primeiro solta-se a bexiga da sínfise púbica e depois passa-se os dedos ao redor e por trás dos órgãos genitais e reto, até chegar à linha média. Agora o conteúdo pélvico pode ser solto da parede posterior por continuação da dissecção anterior. O monobloco está praticamente solto, só faltando cortar as ligações remanescentes no assoalho pélvico (uretra, vagina / próstata e reto) e os vasos ilíacos. Nos homens deve-se também retirar os testículos (ver adiante).
-Quarto monobloco: Constituído pelo segmento terminal do duodeno, jejuno, íleo e cólon. Deve ser o primeiro monobloco a ser retirado e examinado após a abertura das cavidades abdominal e torácica, uma vez que o trato gastro-intestinal autolisa muito rapidamente. Rebate-se todo o intestino delgado para a direita, identificando-se a alça fixa do duodeno (área de passagem do duodeno do retroperitôneo para a cavidade peritoneal), colocando-se duas ligaduras com 10 cm de intervalo entre si e seccionando-se o segmento entre elas. Identifica-se o sigmóide, que também deve ser amarrado e seccionado de maneira semelhante. Libera-se o intestino grosso, tendo-se o cuidado de retirá-lo com o mesocólon, sem lesar as estruturas subjacentes, seguindo-se para a liberação do intestino delgado por secção da raiz do mesentério o mais próximo possível da aorta.
Virchow
Em 1874, o Dr Rudolf Virchow, médico polonês, padronizou a técnica de necrópsia, cuja base é utilizada até os dias atuais. Ele fundou as disciplinas de patologia celular e patogia. Na técnica de Virchow os órgãos são retirados um a um, são pesados e examinados separadamente. A abertura do tórax e abdome é a padrão (biacrômio esterno pubiana) e a do crânio, também (bimastóidea vertical). Após o exame dos órgãos, eles são colocados novamente dentro do cadáver.
Historioco:Rudolf Ludwig Karl Virchow (Świdwin, 13 de outubro de 1821 — Berlim, 5 de setembro de 1902) foi um médico e político alemão.
É considerado o pai da patologia moderna e da medicina social, além de antropólogo e político liberal (Partido Progressista Alemão e Partido Livre-Pensador Alemão).
Filho do açougueiro Carl Virchow e de Johanna Hesse Virchow, graduou-se em 1843 em medicina em Berlim, pela Academia Militar da Prússia. Tornou-se professor em 1847. Por participação ativa na Revolução de Março (1848-1849), mudou-se para Würzburg, onde trabalhou como anatomista. Casou em 1850 com Rose Mayer, com quem teve 3 filhos e 3 filhas. Em 1856 retornou a Berlim, para assumir a cátedra de anatomia patológica da Universidade de Berlim.
Durante a Guerra Franco-Prussiana, liderou pessoalmente o primeiro hospital móvel para atender os soldados no front. Também envolveu-se em atividades sociais, como saneamento básico, arquitetura de construção hospitalar, melhoramento de técnicas de inspeção de carne e higiene escolar.
A ele são creditadas várias descobertas significativas. Foi ele quem elucidou o mecanismo do tromboembolismo, cujos fatores são conhecidos até hoje como tríade de Virchow. Foi o primeiro a publicar um trabalho científico sobre leucemia, pelo qual todas as formas de lesão orgânica começam com alterações moleculares ou estruturais das células.
Foi membro ativo na vida política do II Reich alemão, como ferrenho opositor ao Chanceler Otto von Bismarck.
Sua sepultura está localizada no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin, no endereço Feld H, H-S-012/013, G2.
Rokitansky
Carl Rokitansky (1804-1878) estabeleceu as bases estruturais das doenças e a técnica de necropsia com o estudo sistemático de cada órgão. Em 1866, já tinhafeito mais de 30 mil necropsias. Na sua técnica, os órgãos são examinados “in situ”ou seja, dentro do cadáver, um a um. Desta forma, nesta técnica são realizados vários cortes em todos os órgãos internos, para depois eles serem retirados, um por um. Observe que esta técnica possui uma grande semelhança com técnica de Virchow, com a diferença de que na de Virchow os órgãos são retirados um a um para depois serem examinados, enquanto na de Rokitansky os órgãos são examinados ainda dentro do cadáver, para depois serem retirados , também um por um.
Historico:Carl von Rokitansky nasceu em Hradec Králové , Bohemia . He studied at the Charles University in Prague (1821-1824) and attained a doctorate in medicine on 6 March 1828 at the University of Vienna . Ele estudou na Universidade Charles de Praga (1821-1824) e alcançou um doutorado em medicina em 6 de marco de 1828 na Universidade de Viena . Como um jovem professor, ele reconheceu que o ainda pouco notado disciplina de anatomia patológica pode ser de grande valia para o trabalho clínico no hospital , porque ele poderia oferecer novos diagnósticos terapêuticos e possibilidades para o lado médico. Com isso, depois de Gerard van Swieten , que foi o fundador da primeira Escola de Viena , Rokitansky lançou uma verdadeira "revolução científica". Com a criação da segunda escola de Viena, uma mudança de paradigma entrou em vigor, liderada por Rokitansky, Josef Skoda e Ferdinand von Hebra , a partir da noção de medicina como um tema filosófico-natureza, a mais moderna medicina cientificamente orientada. Desta forma, associada à especialização da medicina e com o desenvolvimento de novas disciplinas, a Escola de Viena alcançado renome mundial.
Ele também desenvolveu um método de autópsia , a técnica de Rokitansky de mesmo nome, ou o "in-situ" método que não está mais em uso é today.Rokitansky disse "ter supervisionado 70 mil autópsias, realizadas pessoalmente e mais de 30.000, média de dois por dia, sete dias por semana, durante 45 anos
M. Letulle
Historico:Maurice Letulle praticado duas profissões: ele era um médico especialista da patologia e um professor. Não surpreendentemente, ele considerou seriamente a escolha do material que ele poderia usar para apoiar suas palestras e com o qual ele forma um "Bibliothèque de patologias [biblioteca" de patologias] para si e para seus colegas.
Embora tivesse inicialmente formado uma coleção de inclusões (peças cirúrgicas conservadas em solução de formaldeído), era pesado e pesado. Cerca de 1911, quando os irmãos Lumière foram popularizar a técnica Autochrome, Letulle usaram para tirar fotos de macro e microscópicas patologias. O Autochrome oferecidas duas vantagens: eles forneceram uma amostra real de a doença em questão e, além disso, eram de fácil transporte e exibição. Corantes, que agia como uma sonda de exploração de tecidos, foram essenciais do século 19 e 20 imagens médicas de patologia. This was especially the case when the application of a colourant to a tissue engendered a visible chromatic reaction. Este foi especialmente o caso quando da aplicação de um corante de um tecido provocou uma reação visível cromática. Maurice Letulle preparados os cortes histológicos que ele fotografou a si mesmo através de um microscópio. Para estas fotografias da anatomia patológica microscópica, acrescentou imagens macroscópicas de órgãos saudáveis e retratos dos pacientes. Sua coleção inclui também fotografias da praga na Manchúria e demonstrações de exame médico, como uma auscultação e um exame metódico de um coração. Eugène Normand, bem como o técnico Mrs. Clark Blondeau-lo ajudado neste trabalho, mas Maurice Letulle se decidiu a Autocromos 'classificações por órgão e lesão. Esta classificação original foi mantido junto com as lendas que ele inscrito em cada uma das placas de vidro.
Na técnica de M.Letulle, é feita a evisceração (retirada das vísceras do cadáver) através de um único bloco.
Ghon
Historico: Anton Ghon (01 de janeiro de 1866 - 23 de abril de 1936) foi um austríaco patologista , que era um nativo de Villach . Em 1890 ele ganhou seu grau médico em Graz , e depois passou vários anos no instituto patológico em Viena , onde trabalhou com Anton Weichselbaum (1845-1920). Em 1910 ele se tornou um professor de patológico anatomia na Universidade Alemã de Praga.
Ghon era um especialista no campo da bacteriologia , e é lembrado por seu trabalho com meningite e tuberculose . Seu nome emprestado a sua Ghon foco , que é um primário de infecção associada com a tuberculose, bem como do complexo Ghon , quando a infecção acima envolve em torno dos gânglios linfáticos . Sua obra mais conhecida escrita é um tratado de 1912 de tuberculose na infância chamado Der Primare Lungenherd bei der Tuberkulose der Kinder.
• Publications Anton Ghon: Publicações sobre Anton Ghon:
• Ghon, mas não esquecido, (Anton Ghon e seu complexo); WB Ober (1983).
Na técnica de Ghon, a evisceração se dá através de monoblocos de órgãos anatomicamente e/ou funcionalmente relacionados.
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