segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reflexões sobre a naturalidade da morte





A morte não é uma vilã. Ela faz parte do ciclo natural da vida.

A morte pode ser um aliado a sobrevivência das gerações futuras, mantendo o ciclo e renovando. Assim segue a humanidade, mas se a maioria das pessoas nascesse e demorasse 100 ou 200 anos pra morrer iria causar desequilíbrio no planeta.
Vamos observar a questão da superpopulação que teríamos no planeta:

Superpopulação é o excesso de população. As populações de seres vivos coexistem em equilíbrio há milhares de gerações porque em condições normais uma população equilibra (a taxa de natalidade com a de mortalidade), a quantidade de organismos existentes nas outras populações e vice versa, no entanto se por fatores diversos, internos ou externos à própria população, havendo oferta de alimento em abundância e espaço para a população conquistar, a taxa de natalidade fica maior que a taxa de mortalidade e com isso ocorre a explosão populacional, a população cresce exageradamente e passa a se designada como uma superpopulaçao.

No ano 1800, a população do mundo era de 1 bilhão.
130 anos depois: 2 bilhões.
2010 ................... 6,8 bilhões

AGORA VEJA AS PREVISÕES DE CRESCIMENTO POPULACIONAL P/ OS PROXIMOS ANOS
2020 ................... 7.6 bilhões
2030 ................... 8.2 bilhões
2040 .................. 8.8 bilhões
2050 .................... 9.2 bilhões

Isto quer dizer nos nos próximos 40 anos a população aumentará em 2.4 bilhões.
Perguntas:
Haverá alimento para tanta gente?
Haverá moradia digna para tanta gente?
Quantos automóveis estarão circulando?
As florestas -o que resta delas- e o mar resistirão?
Quanto teremos de aumento do lixo mundual?
Haverá como manter o sitema de saúde e aposentadoria?

o crescimento populacional
Se todos nós vivêssemos mais de 100anos, o mundo seria complicado demais.
Com aumento da população, pessoas nascendo mais e menos óbitos, numa fantasia nossa seria o paraíso, mas numa analise lógica das coisas; isto seria o pesadelo na Terra. Com o aumento da natalidade aumenta o consumo de roupas, alimentos e de lixo
produzido. Com uma expectativa de vida acima de 100anos, teríamos a falência do sistema previdenciário no Brasil e dificuldades de cuidar dos nossos idosos, pois nem todos os países no mundo tem condições de suprir as necessidades mínimas que um idoso precisa. Teríamos aumento e inflação por não haver carne e outros alimentos suficientes para uma população grande e longe vida.
Ainda não se chegou a conclusão de qual é a capacidade de sustentação de Terra. Mas o que é fácil notar é que quanto mais povoado, maior será a quantidade de recursos utilizados. Quanto maior for o crescimento populacional desordenado mis difícil será atingir o desenvolvimento sustentável.
Com o passar dos tempos os impactos causados pelo homem no mundo estão ficando mais evidentes. Metade das florestas tropicais foram destruídas, as reservas de água estão sendo contaminadas por agentes químicos, a camada de ozônio vem sendo contentemente danificada, a emissão excessiva de carbono provoca chuvas ácidas e está ligada ao aquecimento terrestre e às mudanças climáticas.
A raiz de todos esses problemas esta no rápido crescimento populacional e no conseqüente insustentável consumo tanto de recursos renováveis como não-renováveis.
O crescimento da população é proporcional ao crescimento do consumo. A existência de uma pessoa implica que esta vai consumir alguns recursos. Portanto, para reduzir o consumo deve-se reduzir o crescimento populacional. (FONTE: www.unicamp.br/fea/ortega/temas530).
A teoria criada por Tomas Robert Malthus (1766-1834), economista e demógrafo inglês, e que ganhou o nome de “Malthusianismo” foi a primeira teoria populacional a relacionar o crescimento da população com a fome, afirmando a tendência do crescimento populacional em progressão geométrica, e do crescimento da oferta de alimentos em progressão aritmética.
Segundo Malthus, as únicas formas de evitar que isso acontecesse seria reduzindo a taxa de natalidade através da proibição de que casais muito jovens tivessem filhos, do controle da quantidade de filhos por família nos países pobres, do aumento do preço dos alimentos e da redução dos salários para forçar as populações mais pobres a ter menos filhos.
Entretanto, Malthus argumentava que a alta taxa de mortalidade e fecundidade seriam praticamente impossíveis de reduzir uma vez que eram conseqüências de fatores fora do alcance da intervenção humana. Por isso, ele defendia que desastres como a fome, a epidemia e a guerra eram benéficas no sentido de serem um controle para o crescimento populacional.
Com bom humor Saramago colocou a questão pra analisarmos:

De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema.
Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder "passar desta para melhor". Os empresários do serviço funerário se vêem "brutalmente desprovidos da sua matéria-prima". Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não pára de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque "sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja".

E se existisse uma pílula da longevidade?
Tudo novo de novo
Os imortais vão encarar um planeta lotado e trabalho duro para sempre

1. Remedinho mágico
Nos primeiros anos, só os ricos vão usufruir da pílula da vida eterna. Sem mortes por doenças cardíacas ou cânceres, males diretamente ligados ao envelhecimento, o planeta deixaria de perder anualmente 32 milhões de pessoas - e ainda receberia os 150 milhões que já vêm naturalmente ao mundo todos os anos.

2. Bilhões de vizinhos
Se hoje já exploramos o planeta além da sua capacidade de renovação, com os imortais, o jeito seria controlar a natalidade e liberar o aborto. Assim como nos países populosos, cada casal só poderia ter um filho. Irmãos, tios e primos seriam extintos. Mas as famílias aumentariam: conviveríamos até o fim da vida com avós, bisavós e tetravós.

3. Mão na consciência
Com o acréscimo dos imortais, o desastre ecológico será inevitável.
4. Vai trabalhar
A previdência, que sustenta os velhos com o trabalho dos jovens, já está em crise com o envelhecimento da população. "Se todo mundo viver 100 anos com aposentadoria, vai ficar caro", diz o professor de economia da PUC-SP, Antonio dos Santos. Ou seja, as pessoas vão viver para sempre - mas também vão passar o resto da eternidade trabalhando.

5. Uma mente sem lembranças
O cérebro humano tem limite de armazenamento. "Hoje já esquecemos de informações que não usamos quando aprendemos coisas novas", explica o gerontologista Aubrey de Grey. Nos imortais, aconteceria o mesmo: séculos inteiros seriam apagados da memória limitada. Vão viver, mas não vão lembrar para contar a história.

6. Adeus, deus
"Há tempo de nascer e tempo de morrer", diz a Bíblia. A Igreja não aprovaria uma droga que prolongasse a vida por tempo indeterminado. E não espere manifestações só dos católicos. Sem a ameaça de morte, para muita gente não faria sentido se manter religioso - até porque as religiões se baseiam na ideia de recompensar o ser humano no pós-morte.

7. Reinvenção constante
Com tanto tempo nas mãos, os humanos vão querer novas experiências. Engenheiros se tornarão médicos, que se tornarão bombeiros, que vão ser astronautas. O mesmo vai acontecer com os casamentos. O "até que a morte os separe" não vai fazer sentido. Ex-mulheres e ex-maridos vão pipocar por aí - e haja pensão para pagar todo mundo.

8. Cansei dessa vida
Depois de séculos, ser imortal será um fardo. Quem já viu de tudo não terá motivo para continuar vivo. Sem essa motivação, o ciclo natural da vida será tentador. O suicídio seria uma alternativa ou que as pessoas simplesmente parassem de tomar o remédio da juventude e voltassem a envelhecer.
(super.abril.com.br/saude/se-ninguem-morresse)


-Refletindo a morte como caminho de equilibrio
Qual a conclusão de tudo isso para refletirmos?

A resposta esta na educação. Educar é conscientizar as novas gerações para preservar o planeta e ter bom senso de quantos filhos se quer e pode ter. Dar consciência é preparar as pessoas para o ciclo da natureza. As pessoas devem nascer, viver, envelhecer com dignidade e morrer com dignidade.
Quando se fala em educação para a morte, deve-se pensar de imediato, no que significa educação. Deve-se ficar claro que educar significa aprender; significa tomar conhecimento, e significa, sobretudo, tomar consciência da realidade da vida. Educar é refletir o porque de tantos problemas e dificuldades que os seres humanos se envolvem a cada instante sem saber as suas causas, e origens. Por isso, é importante que as pessoas procurem aprender a sua situação na vida, o porque de sua estupidez, o porque de seu nervosismo, o porque da busca incessante pelas coisas materiais, e muitos outros fatores que se desejam desnecessariamente, somente para cumprir uma vaidade desta vida, pois, isto tem uma resposta clara sobre tantos impropérios que se praticam.
Quase sempre se educa para a vida material, isto é, para os instantes em que se passa aqui na terra, entretanto, deve-se levar em consideração que a educação deve servir para a vida eterna. A educação para a vida material vai servir para a sobrevivência terrena, e fomentar a vaidade que existe nos seres humanos do mundo físico. A educação deve ter um sentido mais profundo, isto significa dizer, educar para satisfazer a vida de maneira geral, isto é, a física e a espiritual; entretanto, deve existir o entrelaçamento entre as duas vidas, porque, uma sem a outra não existe. Assim sendo, o ser humano deve se educar não para se apresentar a uma sociedade, mas para entender o porque de sua existência.
Deste modo, deve-se educar para a morte? Sim, quando se pensa que a morte traz dores e sofrimentos, cuja verdade, não se encontra nestes parâmetros; entretanto, deve-se educar para a vida eterna, eliminando as maledicências de seu ego e, por conseqüência, ter-se-á uma morte consciente, por estar desprendido das coisas materiais.

Reflexões:

"Morrer não é acabar, é a suprema manhã
citações de - Hugo , Victor

"Tudo o que sei é que devo morrer em breve; mas o que mais ignoro é essa mesma morte, que não saberei evitar."
Autor - Pascal , Blaise

"A morte não nos diz respeito nem mortos nem vivos: vivos, porque ainda o estamos, mortos, porque já não existimos."Fonte - EnsaiosAutor - Montaigne

Um comentário:

  1. Muito esclarecedor e realista. Grato por palavras de conhecimento e consciência tão valiosas.

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Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida.
-Confúcio

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